A Câmara dos Deputados realizou ontem sessão solene em homenagem ao ex-ministro da Ciência, Tecnologia e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falecido há 10 anos, vítima fatal de desastre aéreo. A cerimônia proposta pelo deputado federal e líder do PSB na Câmara, Gervasio Maia, lotou o Plenário Ulysses Guimarães com sete ministros Governo Lula e diversas lideranças políticas.
Entre os presentes, o comentário mais frequente era que a sessão solene estava com um quórum tão alto que parecia ter caráter deliberativo. Entre os ministros estiveram presentes e discursaram, José Múcio (Defesa), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Margareth Menezes (Cultura), André de Paula (Pesca e Aquicultura), Márcio França (Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte) e Marina Silva (Meio Ambiente).

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O deputado federal e filho do homenageado, Pedro Campos, presidiu a sessão e ressaltou em sua fala a capacidade de articulação política e de entregas do pai. “Eduardo tinha uma largueza de olhar, de articulação política e de entregas que beneficiaram o povo. Construir consensos foi uma marca em sua trajetória. Para ele, a política era um instrumento para transformar a vida das pessoas e do estado. Quando você coloca isso à frente, você não se perde em brigas e problemas menores de ordem pessoal”, afirmou.
O prefeito do Recife e filho do homenageado, João Campos, ressaltou o perfil visionário do pai. “Com tantas pessoas, amigos de diferentes partidos que passaram hoje aqui, deixa explícito a amplitude nas relações e na política que meu pai sempre construiu. É um momento de lembrar da sua ausência, mas sobretudo celebrar a sua história e a sua sempre presença. Ele, de forma inegável, estava à frente do seu tempo. Que a gente siga tendo esperança na política, nunca perdendo as nossas referências. Que a gente conheça a nossa história, valorize quem ajudou a construir esse caminho, quem lutou por democracia, quem lutou por política pública, quem lutou por um estado justo para a gente poder construir o futuro que ele acreditava: a unidade do povo, a unidade das instituições e a capacidade de botar a política para brigar contra os problemas do Brasil e não contra os sonhos dos brasileiros”, afirmou.
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