Está prestes a sair do forno um grande acordão político no Brasil e em Goiás. A direita pode se unir em torno de um candidato a presidente da República — que deve ser o governador Ronaldo Caiado (que quer) ou o governador Tarcísio de Freitas (que não se entusiasma muito) e de um candidato a governador no Estado, que deve ser Daniel Vilela.
Acredita-se que em Goiás se terá uma polarização, na disputa pelo governo do Estado, entre o vice-governador Daniel Vilela, do MDB, e o ex-governador Marconi Perillo, do PSDB. Será a frente da centro-direita contra a frente da centro-esquerda.
Daniel Vilela é um político de centro, moderado, mas terá ampla cobertura da direita. Marconi Perillo deve acoplar ao seu projeto o PT do presidente Lula da Silva, dos deputados federais Adriana Accorsi, dos deputados estaduais Bia Lima e Mauro Rubem, dos vereadores Kátia Maria, Fabrício Rosa e Edward Madureira e o ex-tesoureiro nacional do PT Delúbio Soares (que será candidato a deputado federal). Será uma frente de centro-esquerda.
Filiado ao PSDB, Marconi Perillo é, sobretudo, um político de centro, como Daniel Vilela. Mas sua aliança será tipicamente de esquerda, mais do que de centro. O que a definirá será a aliança com o PT, considerando que o PSDB é um partido à beira do precipício, mais morto do que vivo — um zumbi político.
Daniel Vilela, por outro lado, vai reunir uma frente de centro-direita, com a presença de vários partidos, como MDB, União Brasil, Republicanos, pP, PSD, Solidariedade e, possivelmente, o PL. Uma frente, em termos eleitorais, altamente consistente e, possivelmente, imbatível.
É a alta a possibilidade de a chapa majoritária ter Daniel Vilela para governador, Gracinha Caiado para senadora e Major Vitor Hugo para senador. Ou seja, uma aliança entre MDB, União Brasil e PL.
Unidos MDB, União Brasil e PL, a centro-direita tende a eleger o governador, dois senadores e 15 deputados federais. Acredita-se que a esquerda tende a eleger apenas Adriana Accorsi e Rubens Otoni. (E.F.B.)
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