O chef francês Claude Troisgros, de 69 anos, abriu uma unidade do restaurante Cucina Mia no shopping Flamboyant, em Goiânia. Há filas à espera de uma mesa milagrosa. Aconselha-se a ligar antes e reservar uma mesa. Isto, claro, para quem quiser chegar mais cedo.
Os preços são similares aos demais restaurantes de Goiânia — como Piquiras — e a carta de vinho é de qualidade (incluindo, também, vinho brasileiro). O cardápio é pequeno, o que contribui para refinar os pratos, dada a especialização da casa.
No domingo, 20, um repórter do Jornal Opção foi à Feira do Cerrado, nas proximidades do Estádio Serra Dourada, e, de lá, foi para o Cucina Mia. Chegou cedo e, de imediato, conseguiu uma vaga. Vinte minutos depois, o restaurante estava lotado, com fila de espera.
A acompanhante do repórter pediu uma taça de vinho — de qualidade e preço adequado. Iniciou-se, então, uma conversa entre o sommelier e o jornalista.
O sommelier, muito bem-informado sobre vinhos e o país, é carioca. Há pouco tempo em Goiânia, está empolgado. “Pelo custo de vida ser menos elevado do que no Rio?”, inquire o repórter.
“Não exatamente por isso. Meu encanto por Goiânia tem a ver com a segurança. Nunca estive numa cidade brasileira em que se pode andar, durante o dia e a noite, de maneira tão tranquila quanto na capital de Goiás. Vou ao Carrefour, de lá vou para casa e, em seguida, vou para o trabalho a pé. Nunca fui assaltado. Adquiri uma sensação de segurança que nunca tive no Rio de Janeiro”, afirma o funcionário do Cucina Mia.
“No Rio de Janeiro era mais ou menos assim: eu saía de casa e já começava a pensar — será que vou ser assaltado ou vítima de uma bala perdida? Mesmo quando não era vítima de violência direta, a sensação de que poderia sofrer algum tipo de incômodo já me deixava estressado”, relata o sommelier, cuja careca, mais ou menos no meio da cabeça, parece uma tonsura.
Dada a qualidade de vida de Goiânia, o sommelier não pensa em se mudar mais da cidade, nem mesmo para ajudar na montagem de outro restaurante da rede Cucina Mia, que já está em quatro Estados. Sua mulher é ainda mais empolgada com a cidade do que ele. “Estamos felizes”, resume.
O sommelier diz que fez questão de saber o nome do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o principal responsável pela melhoria da segurança em Goiânia e no Estado. Ele já sabe que o goiano planeja ser candidato a presidente da República, daqui a um ano e cinco meses. (E.F.B.)
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