Abertura do Ano Cultural Natalina Fernandes: Homenagem à Escritora e Intelectual de Anápolis

A Academia de Letras de Anápolis (ALEA) promove a abertura do Ano Cultural Natalina Fernandes, um evento que celebra a trajetória e a contribuição inestimável da escritora, professora, dramaturga e gestora cultural. A cerimônia ocorrerá na próxima quarta-feira, 19, às 19h, na sede da União Literária Anapolina (ULA).

Natalina Fernandes nasceu em Pilar de Goiás, cidade histórica de forte tradição cultural. Em 1972, mudou-se para Anápolis, onde estabeleceu sua vida profissional e acadêmica. Formou-se em Letras Modernas pela Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão, onde também realizou pós-graduação lato sensu. Seu interesse pela preservação da memória e do patrimônio cultural a levou a cursar Mestrado em Gestão do Patrimônio Cultural pela Universidade Católica de Goiás, consolidando sua atuação na pesquisa e na valorização da identidade histórica de Anápolis.

Ao longo de sua carreira, destacou-se como professora de português e inglês, lecionando no ensino fundamental e médio por mais de 20 anos. Foi uma das figuras mais ativas na promoção da literatura e do teatro em Anápolis, assumindo a presidência da União Literária Anapolina (ULA) e sendo cofundadora da Academia de Letras de Anápolis (ALEA), entidades essenciais para o desenvolvimento e fortalecimento da cena literária anapolina.

Currículo e obras

Com uma vasta produção literária, publicou obras que transitam entre crônicas, poesia, literatura infantil e teatro, registrando memórias, sentimentos e reflexões sobre a vida e a cultura goiana. Entre seus principais livros estão Nunca Beijei Minha Mãe, Migalhas de Amor, A História do Teatro em Anápolis, Risos e Lágrimas, Voo Sereno e Barbarela, Beija-Flor. Também contribuiu para a coautoria de “As Alcoviteiras”, além de ter organizado a antologia Anápolis Centenária e participado do Dicionário Histórico-Biográfico dos Escritores Anapolinos, um importante registro da literatura local.

Além de escritora e educadora, dedicou-se ao teatro, sendo atriz e diretora, contribuindo para a formação de novas gerações de artistas e consolidando sua relevância na preservação da cultura anapolina. Sua atuação multifacetada evidencia um compromisso contínuo com a arte e o conhecimento, tornando-a uma das personalidades mais respeitadas do cenário cultural da cidade.

Natalina Fernandes também foi determinante para a criação de uma lei de incentivo à cultura no município de Anápolis, permitindo que artistas e escritores tivessem apoio para divulgar suas obras. Graças ao seu esforço, essa lei patrocinou, mais de uma vez, importantes prêmios literários, como o concurso “Anápolis em Prosa e Verso”, que viabilizou a publicação de livros com a participação de dezenas de autores locais. Esse marco reforça seu papel essencial na valorização da literatura anapolina, criando oportunidades para escritores emergentes e consolidando a identidade cultural da cidade. A lei municipal que garantiu esse avanço deverá ter um número específico, eternizando sua contribuição para a arte e a literatura.

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