Azul (AZUL4) cai mais de 10% após resultados fracos no segundo trimestre

As ações da Azul (AZUL4) figuram como a maior queda da bolsa e despencam perto de 10% nesta segunda-feira, 12, depois da divulgação do balanço do segundo trimestre de 2024. A companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 3,809 bilhões, aprofundando as perdas de R$ 565,5 milhões registradas no mesmo período do ano passado.

Em relatório, o Goldman Sachs avalia que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) abaixo das projeções foi um dos pontos que frustraram o mercado. A empresa reportou um Ebitda ajustado de cerca de R$ 1,050 milhão, queda de 9% em comparação ao mesmo período de 2023 – 6% abaixo do consenso da Bloomberg e 18% abaixo das estimativas do Goldman Sachs.

Um dos fatores que levaram ao Ebitda fraco, segundo o relatório, foi a receita por passageiro transportado, que caiu 5% em relação ao segundo trimestre de 2023 e 10% em comparação ao trimestre imediatamente anterior. Apesar da redução nos custos unitários em cerca de 2% em relação ao ano anterior, não foi suficiente para compensar a queda nas receitas. 

As receitas, por sua vez, sofreram com as enchentes no Rio Grande do Sul e com a menor oferta internacional. A receita líquida da empresa foi de R$ 4,172 bilhões, queda anual de 2,3%. A consequência foi uma queda de 2 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano passado na margem Ebitda da Azul, que caiu para cerca de 25%.

“Como esperávamos, a Azul registrou resultados mais fracos devido à enchente no RS, a menor oferta internacional, à depreciação do real e ao aumento do QAV (querosene de aviação). Para frente, vemos ainda a Azul lidando com aumentos de preço de querosene e um dólar forte”, afirmaram, em relatório, os analistas da Ativa Investimentos, que tem recomendação neutra para a ação. 

Projeções futuras revisadas

A revisão negativa das expectativas também impactou as ações. A Azul forneceu uma orientação atualizada, na qual agora espera que a sua oferta cresça 7% este ano ante expansão de 11% estimada anteriormente. Além disso, a expectativa de alavancagem aumentou para cerca de 4,2x, o que indica que a empresa está assumindo mais dívida em relação ao seu lucro.

Segundo os analistas do Goldman, a combinação de resultados fracos no segundo trimestre com a revisão negativa na orientação levou a essa reação negativa do preço das ações hoje. Entretanto, o banco mantém a recomendação de compra para a Azul.

“A recomendação positiva se dá na análise de que a empresa deve manter o poder de precificação à medida que toda a indústria permanece racional e focada em reconstruir a rentabilidade, o que deve permitir a transferência de custos para as tarifas e abrir espaço para a expansão da margem.”

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