Inaugurada há 11 anos, a Arena de Pernambuco, que sediou jogos da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014, custou mais de R$ 740 milhões aos cofres públicos. O projeto para desenvolver os arredores e construir a “Cidade da Copa” em São Lourenço da Mata, porém, nunca foi concretizado.
Atualmente, um trecho do Ramal da Copa, via que teve um custo superior a R$ 200 milhões, permanece sem iluminação. Com seis quilômetros de extensão, o Ramal, que atravessa Camaragibe e São Lourenço da Mata, é um acesso importante para os moradores que se deslocam para o Recife.
No entanto, de acordo com fontes ouvidas pelo blog, em noites de eventos na Arena Pernambuco, como jogos de futebol e shows, a iluminação do trecho é ativada. O trecho é conhecido pelas curvas sinuosas, pouca sinalização e ausência de policiamento.
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O blog entrou em contato com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que atribuiu a responsabilidade pela iluminação da via à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH). A SEDUH, por sua vez, indicou que a Prefeitura de São Lourenço da Mata seria a responsável.
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura (SMI) de São Lourenço confirmou que a iluminação do Ramal foi instalada pelo governo estadual em 2013, mas parou de funcionar devido a furtos de cabeamentos, transformadores e luminárias no ano de 2020.
Segundo a SMI, a obra de reinstalação da iluminação foi licitada pelo governo estadual, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, com um investimento de R$ 1,3 milhão. Declarou, ainda, que a empresa contratada já está adquirindo os materiais, e as obras devem começar em 45 dias.
Quando questionada sobre o funcionamento da iluminação em noites de eventos, a SMI confirmou a prática, mas não explicou o motivo. “Funciona em dias de eventos com iluminação fornecida pela Arena, e a Prefeitura já disponibilizou iluminação provisória em três eventos”, disse a secretaria.
Mesmo após novos questionamentos à SEDUH sobre a ativação seletiva da iluminação e o prazo para a solução definitiva do problema, a assessoria do órgão afirmou que o Estado não se pronunciaria sobre o assunto.
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