Para o lendário maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, os acontecimentos da maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, não passam de mais um exemplo de superação. Segundo o ex-atleta, nunca houve rancor contra o padre irlandês Neil Horan, que o atrapalhou no sonhado ouro olímpico. Pelo contrário, ele faz questão de valorizar a medalha de bronze conquista apesar do ataque sofrido.
“Logo no calor da emoção, quando me perguntaram, eu já disse que estava perdoado”, diz Vanderlei, a respeito do ataque sofrido nos últimos quilômetros do percurso. “Ainda assim, mesmo sendo uma medalha de bronze, ela foi maior do que a decepção de não ganhar uma medalha. Não guardo nenhum rancor, maldade ou frustração daquele dia, o importante é hoje estar de bem com a vida”, relata.
Apesar da situação que revoltou milhões de brasileiros, o maratonista ainda recebeu a Medalha de Pierre de Coubertin. A honraria é considerada a maior condecoração envolvendo espírito esportivo olímpico concedido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele foi o único atleta da história da América Latina que recebeu a condecoração.
Vanderlei também destaca que o importante nem sempre é a busca pelo primeiro lugar, mas construir uma história de vida. “Que todos os jovens possam focar seus objetivos, mas sem se esquecerem da construção próprias histórias. Nessa caminhada não adianta procurar atalho, temos que encarar a realidade e os obstáculos, eles que nos fazem fortes para encarar outras dificuldades na nossa jornada”, conta.
Lenda brasileira
Considerado um dos maiores corredores da história do Brasil, Vanderlei Cordeiro de Lima conquistou diversos títulos pelo Brasil, incluindo o bronze em Atenas e dois ouros em Jogos Pan-Americanos (Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003). Por conta doa ataque nas Olimpíadas de 2004, ele ficou marcado pela sua demonstração de resiliência e determinação Sua trajetória esportiva e espírito competitivo inspirador continuam a ser lembrados como exemplos de superação e coragem.
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