BDR ou ações no exterior? O que saber antes de escolher

Com mais conhecimento sobre as opções de ativos do mercado financeiro, o brasileiro tem buscado a diversificação da carteira de investimentos, com a inclusão de ativos de renda variável – entre eles, os internacionais, como BDRs e ações negociadas fora do Brasil.

Os BDRs (sigla para Brazilian Depositary Receipts, ou certificados de depósito de valores mobiliários) são títulos negociados no Brasil que representam ativos (como ações) emitidos por empresas estrangeiras e espelham a performance no mercado internacional. A uma alternativa a esses ativos é a compra direta de ações no exterior. As duas opções fazem muito sentido em um mercado globalizado e cada vez mais correlacionado.

Em um mercado globalizado e cada vez mais conectado, os investimentos em empresas estrangeiras são muito simples e disponíveis do que no passado.

Confira o comparativo entre investir em BDR ou direto no exterior:

Conta no exterior      BDRs
Investir diretamente no Brasil    Não       Sim
Investimento em dólar    Sim       Não
Grandes opções de investimentos    Sim       Não
Liquidez alta    Sim       Não
Livre de taxas de bancos intermediários    Sim       Não
Dinheiro fora no país    Sim       Não
Isenção de imposto no lucro Sim, até R$ 35 mil       Não
Facilidade na declaração de IRPF Na Nomad, sim*       Sim
Baixo valor para começar Sim       Não

*A Nomad gera um relatório com seus investimentos e como realizar a sua declaração.

Fonte: Nomad

Como investir em BDR

Quem investe em BDR não adquire a ação de forma direta. A operação se resume à compra de um título que reflete o desempenho dos ativos no mercado internacional. Segundo os especialistas da Nomad, fintech que oferece serviços financeiros para brasileiros no exterior, entre as características dos BDRs está o fato de o ativo possibilitar ao investidor o acesso ao mercado internacional sem que seja preciso abrir uma conta no exterior.

Outro atrativo dos BDRs é que os títulos também costumam pagar dividendos. Com isso, se tornam uma opção para quem tem uma estratégia que busca a obtenção de uma renda passiva. Porém, vale lembrar que o número de BDRs disponíveis na B3, a bolsa paulista, é bem menor do que a variedade de ações negociadas nas bolsas estrangeiras, como a Nasdaq e a NYSE.

No entanto, como hoje o acesso direto e a negociação de ações em bolsas internacionais são muito mais fáceis, os BDRs têm perdido espaço, como explica o time da Nomad.

Regras tributárias

Os especialistas da Nomad citam um outro atrativo do investimento direto em mercados internacionais, em particular nos Estados Unidos. Trata-se da isenção do Imposto de Renda sobre o ganho de capital para vendas que não excedam R$ 35 mil em um mesmo mês. A isenção vale apenas no caso dos ganhos obtidos com as variações cambiais.

Já os lucros obtidos por BDRs são tributados em 15% no IR (ou 20% no caso de day trade). A diferença na rentabilidade líquida ilustra que o investimento direto no exterior pode apresentar mais atratividade, especialmente em cenários de valorização cambial.

As regras preveem que os investidores que escolhem os BDRs também paguem taxas de serviço que variam de 2% a 5% sobre o valor de dividendos distribuídos no exterior pelos ativos correspondentes. As taxas são cobradas pela instituição financeira nos casos em que os dividendos são pagos no exterior.

Vale lembrar outra diferença entre os dois ativos. A menor cota de BDR a ser comprada é uma unidade. Já nos mercados internacionais é possível adquirir frações de ações ou ETFs, o que dá mais flexibilidade na alocação de capital.

Variedade para o investidor

A diversidade é um chamariz para quem quer trazer variedade para a carteira. Apenas nas bolsas de valores dos EUA há cerca de 6.400 ações e ETFs em negociação. Já os BDRs no Brasil são por volta de 1.000 disponíveis.

Além da grande oferta de ações e de ETFs, os mercados internacionais fazem parte da estratégia de grandes investidores globais. Com isso, há mais liquidez para ações e fundos negociados.

Quanto maior a liquidez, menor será a diferença entre as ofertas de compra e venda, explica a Nomad, o que reduz os custos para os investidores com planos de comprar ou vender ativos.

Passo a passo para quem busca o exterior

Ter investimento direto no exterior depende da abertura de uma conta. No caso da Nomad, a conta global segura tem uma taxa de câmbio transparente e a incidência de apenas 0,38% de IOF.

A conta aberta é assegurada em até US$ 500 mil pelo SIPC (sigla para Securities Investor Protection Corporation). Quem investe até esse teto nos Estados Unidos pode contar com a proteção do SIPC, uma organização sem fins lucrativos. Com isso, o investidor passa a ter suporte no caso de insolvência ou quebra da corretora para investimentos naquele país.

Além de investir em ações, quem procura alternativas no mercado americano encontra as seguintes opções:

– Ações

– REITS (Real Estate Investment Trusts)

– ETFs (exchange-traded fund, ou fundo de índice)

– ADRs (American Depositary Receipts)

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