Líder da oposição é preso na Venezuela dois dias após eleições, afirma partido

Figura de destaque na oposição da Venezuela, Freddy Superlano foi detido nesta terça-feira pelas autoridades do país, afirmou seu partido dois dias após a eleição que deu uma contestada vitória ao ditador Nicolás Maduro.

“Devemos denunciar responsavelmente ao país que há poucos minutos foi sequestrado o nosso coordenador político nacional, Freddy Superlano”, anunciou na rede social X o partido VP (Vontade Popular). A sigla alertou para uma “escalada repressiva” em meio a protestos contra o regime.

O partido abrigava Juan Guaidó no momento em que ele se autoproclamou presidente da Venezuela, em 2019. O famoso líder da oposição publicou um vídeo do que diz ser o momento da captura do ex-correligionário.

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De acordo com a ONG Foro Penal, dedicada à defesa de presos políticos, as autoridades venezuelanas detiveram 135 pessoas ligadas à campanha da oposição em sete meses.

“Desde janeiro até agora, houve 149 prisões arbitrárias por motivos políticos (…) 135 estão diretamente ligadas ao tour nacional e à própria campanha de María Corina Machado [líder opositora] e Edmundo González [candidato]”, disse o diretor da ONG, Gonzalo Himiob, à agência de notícias AFP.

“A maioria já foi libertada, alguns sem sequer terem sido processados, mas 47 permanecem privados de liberdade neste momento”, continuou.

A campanha eleitoral da Venezuela foi marcada por relatos de repressão e detenções de opositores, a quem o governo acusa de usar violência para tentar derrubá-lo. Ao todo, o Fórum Penal conta 305 presos políticos na Venezuela, dos quais 30 são mulheres.

Com informações da Folha de São Paulo.

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