PM é afastado após atirar em duas mulheres durante folga e alegar legítima defesa; vídeo

O policial militar Anderson Arruda Mendes, da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), está sendo investigado por balear duas mulheres após uma das vítimas recusar suas investidas amorosas. O incidente ocorreu no último sábado, 27, em uma boate do Setor Marista, em Goiânia, enquanto o PM estava de folga. Segundo as vítimas, Mendes ficou agressivo após ser rejeitado por uma das mulheres.

Em sua defesa, Mendes alegou que agiu em legítima defesa. No entanto, as informações fornecidas pelas vítimas à corporação contradizem essa versão, apontando que a agressão foi motivada pela rejeição. A confusão na porta da boate foi registrada em vídeo, onde é possível ver uma das mulheres, aparentemente, tentando atingir o policial, que está de camisa preta, com um celular. Nas imagens é possível ver que Anderson está com o rosto sangrando.

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No registro policial, as duas mulheres informam que, depois da briga, foram embora da boate. Porém, momentos depois, já dentro do carro, perto de um semáforo, foram atingidos pelos disparos, que foram efetuados de um carro que parou ao lado do veículo em que estavam.

Uma das vítimas foi baleada na perna esquerda, enquanto a outra teve a perna direita perfurada pelo projétil. As mulheres foram levadas para o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), onde foram atendidas e liberadas.

Não foi preso 

Depois do crime, Anderson foi apresentado à Central Geral de Flagrantes da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), mas acabou sendo liberado. Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou que instaurou procedimento para apurar todas as circunstâncias em que se deram os fatos. A instituição disse ainda que, “em razão da própria natureza investigativa, o caso é mantido sob sigilo”.

Por meio de nota, a Polícia Militar de Goiás informou que o policial foi afastado das atividades operacionais até a conclusão da apuração dos fatos. A defesa de Anderson, por outro lado, afirmou à imprensa que o PM agiu em legítima defesa, “em uma situação em que não havia outra alternativa para garantir sua segurança”.

Veja nota completa da defesa:

“Em respeito ao direito à informação e à transparência dos fatos, gostaríamos de esclarecer o ocorrido na madrugada do dia 27 de julho de 2024, envolvendo nosso cliente. Após os fatos, prontamente comunicou as autoridades competentes, informou os fatos à Polícia Militar e apresentou espontaneamente na Central de Flagrantes de Goiânia, onde passou por exame de corpo de delito, sendo constatada uma lesão em sua testa e posteriormente expôs sua versão dos fatos para o Delegado de polícia.

É importante ressaltar que nosso cliente agiu em legítima defesa, em uma situação em que não havia outra alternativa para garantir sua segurança. Confiamos no trabalho da Polícia Civil do Estado de Goiás que irá investigar os fatos, e estamos à disposição para colaborar com o que for necessário”.

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