Por Américo Lopes, o Zé da Coruja*
Caríssimo Magno:
Poeta maravilhoso Magno, noivo com tesão a mil por hora, oh santa inveja. Sua crônica domingueira e sua disposição para o São João, a melhor festa do Brasil, que mexe e remexe com a gente, faz lembrar o grande modernista Mário de Andrade, que diz:
“Eu sou trezentos, sou trezentos e cincoenta,
mas um dia afinal eu toparei comigo…
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa”.
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Esse misterioso poema de Mário me fez lembrar misteriosamente você, um dos raros amigos que posso chamar de gênio.
O outro amigo que assim vejo e atesto em qualquer cartório ou tribunal é o seu padrinho de casamento Eduardo.
Chame ele para ser seu compadre na fogueira e já batizem antecipadamente o menino, que essa noiva já casou grávida.
Cuidado, irmão de noiva sertaneja ofendida é bicho perigoso.
O legado de vocês dois — cada um nas suas maravilhosas, trabalhosas e lendárias lidas —, passeará pelos séculos e ecoará no Olimpo e tocará seus deuses, afinal vocês dois enfrentaram e mataram o Minotauro, vocês são filhos de Zeus, o chefe dos deuses.
Quando o trovão sertanejo estrondar, e o relâmpago cortar o firmamento, lembrem-se, jamais duvidem, você e Eduardo: é o vosso Pai fazendo carinhos e mandando beijinhos para vocês. Ele sempre foi assim.
*Diretor operacional da Folha de Pernambuco
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