Depois que dois jovens morreram durante provas de corrida de rua – em Goiânia e em Porto Alegre -, o debate sobre a necessidade de acompanhamento médico até mesmo de atletas amadores ganhou força. Sobre o assunto, o Jornal Opção conversou com o cardiologista do Einstein Goiânia, Ariel Bueno.
Um mau-súbito, na maioria das vezes, não tem sintoma ou aviso prévio. Por isso, o especialista defende o exame de rotina. “É importante, antes de fazer uma atividade física, fazer uma consulta com um cardiologista. Um exame simples, como um eletrocardiograma, já tem muitas informações que a gente pode diagnosticar alguma doença. O eletrocardiograma é um exame básico. Fácil acesso, tem disponível em qualquer lugar”, disse.
“Uma consulta com um médico [é importante antes da prova]. Eu acredito que um eletrocardiograma, que é um exame básico, barato e disponível, seja realmente muito rico em informação para que a gente consiga identificar um problema antes de ele realmente acontecer, como aconteceu com esses dois jovens”, afirmou.
Mesmo que a causa da morte dos jovens não esteja ligada à pré-treinos, o médico também alertou sobre o uso excessivo destes. “Muitas vezes os pré-treinos tem uma origem duvidosa, a gente não sabe o que está usando. Então, existem muitas formas de melhorar a performance de forma natural, como o café, por exemplo, que tem a cafeína. Não seria necessariamente um pré-treino, mas seria uma substância que ajudaria e tem uma certa segurança o problema são as substâncias que ativam muito o metabolismo”, sugeriu.
Ele afirma que não costuma existir contraindicação quando falamos em exercício físico, com exceção no caso de doenças que impeça esforço exagerado. Pelo contrário: “para o atleta de final de semana, que não é o atleta de alto rendimento, não é aquela pessoa que vive do esporte, a gente recomenda atividade física não só como lazer, mas também como tratamento muitas vezes de pressão alta, glicemia, obesidade e mais”.
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