Mísseis iranianos foram lançados e atingiram a cidade de Tel-Aviv, em Israel, na sexta-feira, 13. O governo israelense confirmou o ataque e acionou seus sistemas de defesa antimísseis para proteger a população.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel, menos de 100 mísseis iranianos foram disparados, mas a maioria não alcançou o território israelense, sendo interceptada pelos sistemas de defesa antiaérea. Conforme o jornal israelense Haaretz, 21 pessoas ficaram feridas, incluindo duas em estado grave.
O ataque ocorreu logo após o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarar que o país responderia aos ataques israelenses contra instalações militares e nucleares iranianas, realizados na noite anterior.
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Khamenei acusou Israel de ter iniciado uma guerra e afirmou que o governo israelense cometeu “um grande erro”. Ele reforçou que “a nação iraniana não permitirá que o sangue de seus mártires fique sem vingança e não ignorará a violação de seu espaço aéreo”.
Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel informaram que as explosões em Tel-Aviv foram causadas tanto pelo impacto dos mísseis quanto pelas interceptações do sistema de defesa. Até o momento, não há registro oficial de vítimas fatais.
Na sequência, Israel retomou ataques contra alvos no Irã. Moradores de Teerã relataram fortes explosões nos arredores da capital. A imprensa estatal iraniana informou que as defesas aéreas foram ativadas e conseguiram interceptar mísseis israelenses no sul do país.
Israel justifica as operações afirmando que o objetivo é impedir o avanço do programa nuclear iraniano. O ataque anterior matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, o chefe das Forças Armadas Mohammad Bagheri, além de dois cientistas nucleares.
Segundo a agência iraniana Fars, os ataques israelenses causaram ao menos 78 mortos e 329 feridos no Irã. O regime iraniano classificou os bombardeios como uma “declaração de guerra”. O líder Ali Khamenei ameaçou Israel e os Estados Unidos, afirmando que os responsáveis “vão pagar caro”.
Khamenei destacou que Israel enfrentará um “destino amargo” e que as Forças Armadas iranianas continuarão a retaliar. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, enviou uma carta à ONU pedindo uma ação urgente do Conselho de Segurança.
Uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU foi convocada para discutir a crise nesta sexta-feira. Na TV estatal, o porta-voz das Forças Armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, acusou os Estados Unidos de apoiar o ataque israelense e prometeu retaliação contra ambos os países.
Por sua vez, os EUA negaram participação direta na operação. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que “Israel tomou uma ação unilateral” e que a prioridade americana é proteger suas tropas na região.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o Irã por um acordo nuclear, alertando para a possibilidade de medidas mais duras.
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