Um novo bordel em Berlim, na Alemanha, está chamando atenção por oferecer uma experiência sexual com bonecas hiper-realistas e interativas, conhecidas como sex dolls cibernéticas. O espaço, batizado de Cybrothel, oferece desde encontros personalizados até serviços com tecnologia avançada que simulam interação por voz e ambiente sensorial.
O programa mais completo pode ultrapassar os R$ 10 mil. Instalado discretamente no bairro de Friedrichshain, o local funciona sob agendamento prévio. O endereço só é revelado após confirmação por e-mail.
Na entrada, o cliente precisa informar o nome da boneca escolhida e horário agendado. A partir daí, o que parece um prédio comum se transforma em um ambiente futurista com iluminação especial, música ambiente e quartos temáticos.
Cada boneca, como a popular “Roxy”, pode ser personalizada conforme os desejos do cliente — dentro de limites impostos pela casa. O bordel proíbe fantasias que simulem violência, abuso ou sexualização infantil. Em caso de suspeitas, o cliente é banido e medidas legais são tomadas.
O preço varia conforme o tempo, a categoria da boneca e os serviços adicionais. Uma hora com uma boneca de categoria C — com sinais visíveis de uso — custa a partir de R$ 660 (99 euros). Há opções de extras como:
- Boneca pré-aquecida: R$ 58
- Pornô em realidade virtual: R$ 129
- Esperma artificial: R$ 77
- Golden shower: R$ 445
- Noite completa com quatro bonecas: mais de R$ 10 mil
Atualmente, o bordel conta com 19 “acompanhantes”, sendo 18 bonecas femininas e apenas um boneco masculino. O proprietário Philipp Fussennegger afirma que pretende diversificar o catálogo e incluir bonecas com corpos mais realistas.
Apesar do sucesso nas redes sociais e da curiosidade do público, o Cybrothel é alvo de críticas de especialistas e organizações feministas. Segundo a escritora britânica Laura Bates, autora do livro The New Age of Sexism, o local reforça estereótipos sexuais femininos e desumaniza a imagem da mulher.
Ela relatou ter solicitado uma boneca com roupas rasgadas e maquiagem borrada, sendo atendida, o que contradiz a política oficial da casa. Fussennegger respondeu ao caso dizendo não se lembrar da situação, mas garante que está mais atento às críticas:
“Começou como um projeto artístico durante a pandemia. Agora quero fazer disso algo responsável. Vamos melhorar.” Apesar de alguns rumores sobre a chegada de robôs sexuais com IA, o proprietário explica que os testes com inteligência artificial real ainda não foram satisfatórios.
A tecnologia atual utiliza microfones e câmeras nos quartos para que uma funcionária, em outro cômodo, simule a voz da boneca. Fussennegger acredita que, em breve, será possível oferecer interações com bonecas verdadeiramente robóticas, criando uma experiência cada vez mais realista.
Para Mariana Luz, diretora da ONG MeToo Brasil, o conceito do bordel revela um problema social mais profundo. “É uma tentativa de evitar o diálogo, a empatia e o respeito com o outro. Não querem lidar com mulheres reais.”
Ela alerta que, embora a prática ocorra com bonecas, pode normalizar comportamentos violentos e reforçar uma cultura de objetificação feminina.
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