O ex-ministro do Turismo Gilson Machado afirmou em nota enviada à coluna nesta semana que manteve contato telefônico com o consulado português em maio para solicitar agenda para renovar o passaporte de seu pai.
Ele foi preso nesta sexta-feira (13) em Recife (PE) após a PGR (Procuradoria-Geral da República) ter enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido de investigação contra ele.
A PF suspeita que Machado tenha atuado junto ao consulado de Portugal em Recife para obter um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com o objetivo de viabilizar a saída do militar do território nacional. As informações são da Folha de S. Paulo.
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Machado negou “veementemente ter ido a qualquer consulado” e disse que o contato foi apenas para que seu pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães, renovasse o passaporte.
“Assim que soube das matérias publicadas envolvendo meu nome, reitero nessa oportunidade, que apenas mantive contato telefônico em Maio último, com Consulado Português, tao somente solicitando uma agenda para meu pai Carlos Eduardo Machado Guimarães renovar o passaporte, o qual foi feito após dita solicitação”, diz a nota.
A PGR pediu medidas de busca e apreensão e quebra do sigilo telefônico contra o investigado. O procurador-geral Paulo Gonet justificou o pedido argumentando que Machado poderia buscar alternativas junto a outras embaixadas para Cid obter passaporte de outro país.
Segundo a investigação, arquivos do telefone de Mauro Cid mostram que o militar procurou assessoria para obtenção da cidadania portuguesa em janeiro de 2023.
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