
Obra vizinha do mesmo proprietário também desviava água da rede pública. A ligação clandestina do condomínio de apartamentos foi estimada em oito anos.
Divulgação/Compesa
Uma vistoria de rotina da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para apurar a causa de um desabastecimento na rua Malaquias Queiroz Silveira, no bairro Jardim Petrópolis, em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, revelou um furto de água que já durava cerca de oito anos. A ligação clandestina foi encontrada em um condomínio com seis apartamentos. Uma obra vizinha, pertencente à mesma proprietária, também praticava a irregularidade. A mulher foi presa em flagrante e conduzida à delegacia da cidade para prestar depoimento.
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Segundo a Compesa, em nota enviada ao g1, o imóvel teve o fornecimento de água cortado por inadimplência em 2017. Desde então, vinha sendo abastecido de forma clandestina. A estimativa é de que, somando o condomínio e a obra, o desvio mensal tenha sido de 170 metros cúbicos de água. Um volume suficiente para abastecer 17 residências com quatro moradores cada.
A companhia calcula que o prejuízo financeiro acumulado com o furto de água chega a R$ 81 mil. A obra, ainda em construção, estaria desviando água há aproximadamente um ano. Após a retirada das ligações ilegais, o abastecimento na rua foi normalizado.
A companhia calcula que o prejuízo financeiro acumulado com o furto de água chega a R$ 81 mil.
Divulgação/Compesa
A Compesa registrou boletim de ocorrência para que o caso seja investigado pela Polícia Civil. Além da autuação em flagrante, a proprietária deverá pagar multa de R$ 17 mil. Em nota, a companhia destacou que o furto de água é crime previsto nos artigos 155 (furto) e 265 (atentado ao funcionamento de serviço público) do Código Penal, com penas que variam de um a cinco anos de reclusão, além de multa.
A empresa reforçou ainda que o desvio ilegal prejudica diretamente o fornecimento de água para a população e compromete o funcionamento de serviços essenciais, como hospitais, escolas, creches e unidades públicas.