Projeto ‘Banzeiro da Esperança’ inicia escuta da Amazônia para a COP30 com oficina em comunidade ribeirinha


Atividade marcou o início da jornada de escuta às populações tradicionais que vivem na floresta e enfrentam os efeitos das mudanças climáticas. Comunidade Tumbira recebe oficina piloto do projeto ‘Banzeiro da Esperança’, que será levado à COP30.
Leonardo Matheus/Fundação Rede Amazônica
A Comunidade Tumbira, localizada dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro — a cerca de duas horas de barco de Manaus —, recebeu nesta terça-feira (10) a primeira oficina do projeto Banzeiro da Esperança, iniciativa da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em parceria com a Fundação Rede Amazônica.
A atividade marcou o início da jornada de escuta às populações tradicionais que vivem na floresta e enfrentam os efeitos das mudanças climáticas.
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“A proposta é entender os desafios e soluções dessas comunidades e levar suas vozes à COP30, para que recebam apoio e consigam enfrentar melhor os eventos climáticos extremos”, explicou Virgílio Viana, superintendente da FAS.
A oficina foi realizada como piloto e será replicada em cerca de 1.900 encontros previstos para ocorrer até novembro, reunindo relatos e propostas de comunidades ribeirinhas e indígenas da Amazônia. O conteúdo será apresentado na COP30, conferência do clima da ONU que ocorrerá em Belém (PA), com a presença de representantes de 190 países.
Durante as atividades, crianças, adolescentes e jovens refletiram sobre identidade, pertencimento e preservação ambiental. “Essas oficinas mostram o quanto os jovens estão preocupados com o futuro. Dar espaço para que eles se expressem é essencial”, destacou Enoque Ventura, da FAS.
“Quero que as pessoas entendam a importância de manter a floresta viva para as próximas gerações”, disse Gabriel Oliveira, estudante da comunidade.
As próximas oficinas acontecerão em municípios como Parintins (AM) e Alter do Chão (PA). Um painel final será realizado em Belém, a bordo do barco do projeto Amazônia Que Eu Quero.
“Esse projeto está totalmente alinhado com os princípios da Rede Amazônica. Ele leva a escuta real da floresta à COP30”, afirmou Phelippe Daou Júnior, CEO da Fundação Rede Amazônica.
*Com informações de Leonardo Matheus, da Fundação Rede Amazônica.
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