Alves nasceu em Petrolândia, cidade pernambucana a 63 quilômetros de Paulo Afonso, mas durante a infância morou na cidade baiana. Nessa época ele conheceu Raíssa e se tornou amigo dela.“Eles tinham um relacionamento desde a infância. Ele (Alves) treinou a Raíssa no kung fu, num projeto social que ele tinha na Bahia. Ele conhecia tanto a Raíssa, desde pequena, quanto toda a família dela”, contou à imprensa a delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso. Alves se mudou para Curitiba e convidou Raíssa para se transferir também. “Quando ele veio para cá (Curitiba), ele acabou convidando a Raíssa também para uma oportunidade de emprego em Curitiba, e então ele acabou tendo essa situação de se apaixonar por ela”, afirmou a delegada.Em 2020 Raíssa foi eleita Miss Teen do município de Serra Branca. Dois anos depois, mudou-se para Curitiba e manteve contato com Alves.Segundo a polícia, recentemente ele disse a Raíssa que conseguira um emprego para ela em Sorocaba. Ela se programou para viajar e avisou a família que iria se mudar para o interior paulista. No dia da viagem, no entanto, Alves teria confessado a Marcela que o emprego não existia. Disse também que era apaixonado por ela, mas ela reagiu indignada e a teria xingado.“Isso (a reação negativa dela) despertou a ira dele”, contou a delegada. “Ele disse que ficou com ódio e descontrolado, pegou um fio de plástico e estrangulou a vítima, deixando ela num cômodo da casa e indo para outro. Dez minutos depois ele retorna (para o cômodo) e a Raíssa já está em óbito”, disse a delegada.
Alves então ligou para o filho, que estava trabalhando como motorista de aplicativo, e contou o que tinha acontecido. O filho recomendou que o pai se entregasse à polícia, mas acabou ajudando Alves a transportar o corpo, no porta-malas de um carro emprestado por um amigo, até um matagal na região metropolitana de Curitiba, onde Raíssa foi enterrada, enrolada em uma lona, segundo a polícia.