Reprodução TV Tribuna/Band
Os três policiais militares envolvidos no crime seguem presos no presídio militar, e foram indiciados por homicídio qualificado, em razão da impossibilidade de defesa da vítima. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) ofereceu denúncia nos mesmos termos. O caso aconteceu no dia 18 fevereiro.Relembre o caso
Kaylan Ladário dos Santos tinha 17 anos. O corpo foi encontrado por um pescador.
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Na ocasião, Kaylan foi levado ao Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), por envolvimento em um assalto ocorrido em 2023. O delegado responsável pelo caso entendeu que o adolescente não deveria ficar preso, e pediu que os militares levassem Kaylan para casa. Durante o trajeto, o crime foi cometido.Leicester Ladário disse que os policiais subiram na Segunda Ponte e, na altura da placa de Vitória/Guarapari, pararam o carro. “Eles abrem a porta, meu filho sai, eles arremessam a sacola, que era do menino que ficou detido. Aí ele chega próximo do peitoril e eles pegam o pé dele e jogam ele”, afirmou.”Eles veem ele se debatendo, porque ele não sabia nadar, e simplesmente entram dentro do carro e saem”, contou ainda a mãe.O corpo de Kaylan foi encontrado por um pescador, no dia seguinte. Leicester chegou a ir até a delegacia duas vezes, contando que o filho não havia chegado em casa. Lá, recebeu a informação de que os policiais haviam sido orientados a levar Kaylan.Kaylan teria participado de uma tentativa de assalto em 2023. Na ocasião ele estava com um grupo suspeito do fato. Houve perseguição e troca de tiros contra a polícia e um policial chegou a ser atingido, fato que configurou maior pena a todos que estavam no veículo. Na época, ele ficou detido por 10 dias e depois foi sentenciado que ficaria detido por 3 anos, mas a detenção nunca aconteceu.A mãe contou que eles chegaram a se apresentar na delegacia em outras ocasiões, mas o adolescente não ficou detido. “Eu morri um pouco quando eu achei o corpo dele. Eu sabia que ele não tinha se jogado, de forma alguma ele teria tirado a própria vida. Quando eu vi o vídeo eu terminei de morrer”, disse Leicester emocionada.De acordo com a Polícia Civil, o Inquérito Policial foi presidido pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica.