Em entrevista à CNN, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que qualquer “vingança” contra ela acaba por mirar “contra o futuro do Brasil” e que não vai se “encolher” diante de ataques.
“Você se sente agredida; porém, não intimidada. Não me senti em nenhum momento intimidada por aquelas atitudes. Tudo o que eles querem é falar alto, bater na mesa e falar grosso”, afirmou Marina ao CNN 360°, nesta terça-feira (27).
Ao falar em “atitudes”, Marina se referia às discussões ocorridas nesta terça em sessão em que participava na Comissão de Infraestrutura do Senado. As informações são da CNN Brasil.
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Na ocasião, Marina reagiu após o presidente do colegiado ironizar a sua “educação” e dizer que ela deveria se pôr “no seu lugar” e deixou a audiência após um senador afirmar que podia respeitá-la como mulher, mas não como ministra.
Os episódios foram protagonizados pelos senadores Marcos Rogério (PL-RO) e Plínio Valério (PSDB-AM), respectivamente. Antes, a ministra já havia discutido com Omar Aziz (PSD-AM).
Marina havia sido convidada à comissão para prestar esclarecimentos sobre estudos para a criação de unidades de conservação marinha na região da Margem Equatorial, no Norte do país, onde há interesses pela exploração de petróleo.
“Mas, as pessoas começaram a ir por um caminho de puxar uma discussão muito estranha, de dizer que, na demolição que foi feita no Senado no licenciamento ambiental, a culpa é minha”, afirmou.
Na semana passada, o Senado aprovou mudanças nas regras de licenciamento ambiental para empreendimentos, aumentando as competências dos estados e simplificando licenças.
Em dado momento das discussões nesta terça, Omar Aziz disse a Marina, apontando a “intransigência” da ministra: “a culpa da lei de licenciamento aprovada é da senhora.”
“Você vai votar porque você tem convicção no que está votando ou porque quer se vingar de alguém? E essa vingança é contra a ministra Marina Silva ou contra o futuro do Brasil?”, indagou a ministra.
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