Por Silvestre Gorgulho*
Ninguém é contra o Dia das Mães. Faz parte de uma comemoração mundial ou, até mesmo, de um projeto de marketing. Mas não tem ninguém contra. Acompanho, há dois meses, um outro projeto que é o verdadeiro Dia das Mães para a História e Cultura, com o intuito de comemorar os 65 anos de uma Santíssima Trindade que nasceu no mesmo ano de 1960: Brasília, o Correio Braziliense e o Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.
O ano de 1960 marcou definitivamente o País pelas ações de um estadista que deu um cavalo-de-pau, uma verdadeira reviravolta na nossa geopolítica, na nossa economia e na nossa cultura: o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. JK tirou o Brasil do litoral para redescobrir o interior e ocupar o grande vazio do Centro-Oeste e Norte. Portanto, essa Santíssima Trindade tem a marca de JK, o fundador, no seu DNA.
Brasília foi sua meta síntese na campanha presidencial de 1955. O IHGDF foi proposto à sociedade brasileira por JK que assinou sua fundação em 8 de dezembro de 1960. Foi eleita a diretoria tendo o ministro Júlio Barata como presidente. O vice eleito foi Dr. Carlos Rizzini. E o jornal Correio Brasiliense foi um desafio que, em 1959, o então presidente da República fez ao magnata das comunicações, Assis Chateaubriand. Todas as três instituições estão aí, celebrando seus há 65 anos e cumprindo sua missão.
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Em boa hora, com a clarividência própria de quem tem sensibilidade para a História e para a Cultura, o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do DF, Paulo Castelo Branco, se reuniu com a diretora do Correio Braziliense, Ana Dubeux, que junto com os historiadores e jornalistas Jorge Henrique Cartaxo e Leonora Barbo, estão produzindo uma série de reportagens imperdíveis sobre a História do Brasil contada pelo sonho e pela construção de Brasília.
A série já tem seis belíssimas e significativas matérias. Deve continuar. É Brasília vista por um ângulo novo e um contexto fundamental para entender o Brasil como nação.
Merece virar um livro.
1) Auguste Glaziou – O Inventor das Águas (Lago Paranoá)
2) O estadista braziliense – Hipólito José da Costa.
3) Os braços, o traço e a forma – Tom Jobim e Vinicius.
4) O inventor das capitais 1 – De Londres, Hipólito e debate de como e por que construir uma nova capital.
5) O inventor das capitais 2 – A capital do Império, Salvador e Brasília.
6) A inteligência, a bravura e a história – A saga de José Bonifácio Andrada e Silva.

*Jornalista
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