Uma ofensiva russa sem precedentes ocorreu contra a Ucrânia na madrugada deste domingo, 25. Um ataque aéreo massivo teve como alvos Kiev, a capital, Kharkiv, Mykolaiv e Ternopil. Este bombardeio é o maior desde 2022.
O Ministério do Interior da Ucrânia detalhou o ataque: foram 367 armamentos no total; drones somaram 298 unidades e mísseis totalizaram 69. A defesa aérea ucraniana afirma ter abatido a maioria dos armamentos — 266 drones e 45 mísseis. Contudo, os danos foram extensos, segundo a agência Reuters, que divulgou a informação.
Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, cobrou ação. Ele usou o Telegram para se manifestar, pedindo postura firme dos Estados Unidos e exigindo apoio da comunidade internacional. “O silêncio da América encoraja Putin”, escreveu Zelensky. “O silêncio de outros no mundo também”, acrescentou.
Zelensky e Trump
A cobrança de Zelensky tem como contexto a mudança de postura dos EUA desde que Donald Trump reassumiu a presidência. Washington demonstra hoje maior cautela em relação ao apoio fornecido à Ucrânia durante o governo de Joe Biden, e as críticas a Moscou diminuíram. Nesta semana, Trump recusou impor novas sanções à Rússia, contrariando o desejo de Kiev, que busca maior pressão internacional por um cessar-fogo imediato.
O ataque russo coincide com eventos importantes: Rússia e Ucrânia encerraram o terceiro e último dia da troca de prisioneiros acordada. Mil combatentes de cada lado foram libertados. Paralelamente, aliados da Ucrânia negociam em busca de um cessar-fogo temporário, uma trégua de 30 dias. Seria um primeiro passo para o fim da guerra que já dura três anos.
Do lado russo, houve reação. O Ministério da Defesa se pronunciou. Suas defesas interceptaram drones ucranianos. Foram 95 drones em apenas quatro horas. Sergei Sobyanin, prefeito de Moscou, relatou que mais doze drones foram abatidos enquanto voavam em direção à capital russa.
Veja cenas de Kharkiv:
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