O córrego contaminado com 20 mil litros de óleo diesel, em Senador Canedo, ainda deve passar por um processo de limpeza nos próximos três meses. O combustível percorreu cerca de 5 km no curso d’água após um caminhão tanque da empresa Rodo Norte (nome social da Prime Logística) tombar com 30 mil litros do líquido entre os bairros Morada do Sol e Residencial Hebrom, no início de maio.
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A empresa de Porto Nacional, no Tocantins, foi multada em R$ 1 milhão pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) da cidade, além de ser obrigada a fazer a limpeza em toda a área atingida. Uma represa, responsável por 5% da captação da cidade, também foi contaminada e segue interditada para se tornar potável novamente.
“Não voltamos a captar porque é preciso fazer uma limpeza desde o trecho da ocorrência até o ponto de captação da Sanesc. Apesar da empresa ter vindo e feito a limpeza, ainda fica um pouco de óleo diesel na areia e na pastagem”, explica o presidente da Amma, André Rios.
Para conseguir chegar ao leito do córrego, que passa por um pesque-pague antes de desaguar no Rio Meia Ponte, foi necessário realizar um desvio d’água, a fim de secar a área contaminada e, assim, fazer a retirada do líquido por meio de técnicas de absorção. Reparos na represa também vão ser realizados.
Os trabalhos conduzidos por uma empresa terceirizada pela Rodo Norte são acompanhados de perto por fiscais da Amma e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que chegaram a visitar o local nesta quinta-feira, 22. O caso também é monitorado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que deve abrir uma ação civil pública contra a transportadora.
“Até o momento, a empresa está cumprindo o acordo. Porém, isso não exime a multa. Eles apresentaram uma defesa nesta semana e agora está em análise na Amma. Esse processo pode durar dias ou meses”, reforça André.
O Jornal Opção entrou em contato com a empresa para que se posicionasse, mas não obteve retorno.
Multa
A Amma multou a Rodo Norte pelo vazamento de óleo diesel em R$ 1 milhão. O valor, porém, pode ser amortizado ou aumentado, a depender do processo de limpeza do local. A contaminação ocorreu após o tombamento de uma carreta carregada com 30 mil litros de combustível em maio deste ano. Ao menos 20 mil litros se misturaram com a água.
O óleo escorreu e chegou até o córrego, percorrendo quase 5 km. Para impedir o avanço, a prefeitura usou máquinas para construir uma barreira de terra. O caminhão foi destombado e o local foi isolado com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM).
A empresa responsável foi notificada e a Amma exigiu providências imediatas para conter e limpar o vazamento. A empresa contratou uma firma especializada para cuidar da emergência. Mesmo assim, vistorias feitas entre os dias 7 e 10 de maio encontraram óleo nas margens do córrego, em pedras, raízes, vegetação e em poças d’água.
Devido a isso, além da multa de R$ 1 milhão, a empresa foi obrigada a apresentar um plano completo de recuperação da área afetada e deve continuar monitorando os danos causados ao meio ambiente. Por precaução, a captação de água na represa da região do Jardim das Oliveiras foi temporariamente suspensa.
No entanto, o abastecimento da cidade não foi afetado, já que essa represa representa apenas 5% da água utilizada, e o sistema conta com outras fontes de abastecimento.
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