O poeta Paulo Henriques Britto, de 73 anos, foi eleito nesta quinta-feira (22) para ocupar a cadeira nº 30 da Academia Brasileira de Letras. O tradutor e professor preenche a vaga deixada aberta pela morte da crítica literária Heloisa Teixeira após receber 22 votos dos acadêmicos.Britto tem 14 livros publicados, entre eles oito de poesia, dois de contos, três de ensaios e um infantojuvenil. Sua obra poética foi traduzida para o inglês e o sueco e publicada em Portugal. Seu ensaio “A Tradução Literária” ganhou edição em espanhol no Chile.O mais novo imortal da ABL também é reconhecido como um dos principais tradutores do país, tendo vertido ao português cerca de 120 obras de romancistas como Virginia Woolf, Henry James, Thomas Pynchon e James Baldwin, e também de poetas como Byron, Elizabeth Bishop e Frank O’Hara.Mas também é responsável por traduções para o inglês, ajudando obras de autores brasileiros como Ferreira Gullar e Luiz Costa Lima a chegarem a outras partes do mundo.Britto era o favorito na corrida. Ele concorreu à vaga com Arlindo Miguel, Eduardo Baccarin Costa, Paulo Renato Ceratti, Spencer Hartmann Júnior e Salgado Maranhão, que ficou em segundo lugar, com dez votos.Não havia mulheres na corrida para substituir Heloisa Teixeira, crítica conhecida por suas obras de verve feminista.O fato é notável já que, em toda sua história de 128 anos, a ABL só teve 12 imortais mulheres. A primeira foi a escritora Rachel de Queiroz, e a mais recente é a jornalista Míriam Leitão, eleita no mês passado para a vaga de Cacá Diegues.Na próxima quinta (29), acontecem as eleições para a cadeira deixada pela morte de Marcos Vilaça em 29 de março. Na ocasião, também haverá apenas homens concorrendo. Eles são o advogado José Roberto de Castro Neves, que concorre com status de favorito, Rodrigo Lacerda, Diego Mendes Sousa, Sivaldo Venerando do Nascimento e Evandro Aléssio Rodrigues Pereira.
Paulo Henriques Britto é eleito para antiga cadeira de Heloisa Teixeira na ABL
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