Santa Catarina está em estado de alerta máximo para que a avicultura comercial reforce as medidas de biosseguridade. Com a confirmação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiram uma nota técnica com medidas sanitárias visando garantir a proteção do estado e dar segurança aos países importadores. Aliada a essa confirmação de um foco de gripe aviária no solo gaúcho, foi anunciada na segunda-feira (19) a suspeita de um caso da doença em uma granja comercial em Ipumirim, no Oeste catarinense.
Essas informações foram repassadas pela presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, durante a reunião da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural na manhã desta quarta-feira (21), que contou ainda com a presença do Superintendente da Organização das Cooperativas (Ocesc), Ricardo Miotto. O encontro tratou a respeito das ações efetivas empreendidas por Santa Catarina no enfrentamento ao desafio sanitário, como enfatizou o presidente do Colegiado, deputado Altair Silva (PP). Santa Catarina está atenta aos desdobramentos dessa crise sanitária no estado gaúcho e o Parlamento é parceiro para salvaguardar a economia catarinense, disse o parlamentar.
Como destacou a presidente da Cidasc, o caso em Ipumirim ainda não foi confirmado. Estamos aguardando hoje o resultado. Mesmo assim, todas as medidas sanitárias já foram acionadas. Ela informou ainda que existem duas outras suspeitas de focos no estado, um em Chapecó e outro em Garopaba. Mas nada que represente uma crise. Santa Catarina está atenta e em alerta.
Momento é de atenção
Em Santa Catarina, estima-se que existam cerca de 5 mil propriedades avícolas comerciais de carne de frango, além de 349 de perus e 50 de patos e marrecos. O estado é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil. E isso se deve à implementação das normas de biosseguridade na avicultura e pelo trabalho da defesa sanitária, por meio da Cidasc, destacou o deputado Altair Silva.
A presidente da Cidasc reafirmou que há ações preventivas e de monitoramento, com vigilância ativa e passiva, e fiscalizações de biosseguridade. Ainda há um plano de contingência estadual e federal. Nossos colaboradores da Cidasc estão preparados para executar esse plano de contingência. E por fim, ações emergenciais, que representam sacrifício, destruição, limpeza e desinfecção, caso for necessário. A alta da mortalidade de uma gripe aviária é de mais de 10%, disse. Em uma das medidas, Santa Catarina proibiu a entrada de aves vivas e ovos férteis provenientes de 12 municípios do Rio Grande do Sul.
Para Ricardo Miotto, o momento é de atenção e preocupação. É um momento de união, envolvendo todos os atores do setor do agro. Santa Catarina tem protocolos robustos e profissionais competentes. Não é um enfrentamento de crise, mas de atenção máxima, acrescentou.
Requerimentos
Ainda na reunião desta manhã, requerimentos de autoria do presidente da comissão foram deliberados, por unanimidade, para a realização de eventos pelo colegiado. Um deles trata de seminário que vai debater os impactos e riscos dos defensivos agrícolas, em Chapecó.
Outro tema que será pauta de discussão é a sustentabilidade da suinocultura catarinense, em evento que vai acontecer em Concórdia. A sucessão familiar no setor agrícola é outra discussão proposta pelo colegiado, em eventos que serão realizados em Campos Novos e São Miguel do Oeste.
Por fim, os desafios e oportunidades da cadeia produtiva do leite, em Pinhalzinho, será tema de um seminário. Todos esses eventos ainda não tem datas definidas.