STF torna réus 31 acusados por tentativa de golpe e rejeita duas denúncias

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réus mais dez acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A decisão foi tomada nesta terça-feira, 20, encerrando a análise de 33 das 34 denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito sobre a trama golpista.

Com isso, o total de réus no caso chega a 31. Outros dois investigados – o coronel da reserva do Exército Cleverson Ney Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues – tiveram suas denúncias rejeitadas por “falta de justa causa”. Ambos foram considerados inocentados nesta fase, em decisão unânime dos ministros. Já o jornalista Paulo Figueiredo, que vive nos Estados Unidos, ainda não apresentou defesa, pois foi notificado apenas por edital. O STF informou que não há data prevista para o julgamento do caso dele.

Quatro núcleos e um plano para manter Bolsonaro no poder

Segundo a PGR, os 34 denunciados foram divididos em quatro núcleos distintos. A acusação sustenta que os envolvidos elaboraram uma série de ações táticas para garantir a permanência de Jair Bolsonaro na Presidência, mesmo após a derrota nas urnas. Entre os planos atribuídos aos investigados estava, inclusive, o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

Os réus agora responderão a uma ação penal, que seguirá as etapas de oitiva de testemunhas, manifestações da defesa e, por fim, o julgamento sobre eventuais condenações.

Conheça os réus por núcleo

Núcleo 1 – Alta cúpula do governo Bolsonaro

  • Jair Bolsonaro (ex-presidente da República)
  • Mauro Cid (tenente-coronel e ex-ajudante de ordens)
  • Walter Braga Netto (general e ex-ministro da Defesa)
  • Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin)
  • Almir Garnier (almirante e ex-comandante da Marinha)
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
  • Augusto Heleno (general da reserva e ex-ministro do GSI)
  • Paulo Sérgio Nogueira (general e ex-ministro da Defesa)

Núcleo 2 – Assessoramento e inteligência

  • Fernando de Sousa Oliveira (delegado da PF)
  • Filipe G. Martins (ex-assessor presidencial)
  • Marília F. de Alencar (delegada da PF)
  • Marcelo C. Câmara (ex-assessor presidencial)
  • Mario Fernandes (ex-secretário da Presidência)
  • Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF)

Núcleo 3 – “Kids pretos” e militares da ativa

  • Bernardo Correa Netto (coronel preso na Operação Tempus Veritatis)
  • Estevam Theophilo (general da reserva)
  • Fabrício M. de Bastos (coronel)
  • Hélio F. Lima (tenente-coronel)
  • Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel)
  • Rafael M. de Oliveira (tenente-coronel)
  • Rodrigo B. de Azevedo (tenente-coronel)
  • Ronald F. de Araújo Jr. (tenente-coronel)
  • Sérgio R. Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel)
  • Wladimir M. Soares (policial federal)

Núcleo 4 – Articuladores civis e militares da reserva

  • Ailton G. M. Barros (major da reserva)
  • Ângelo M. Denicoli (major da reserva)
  • Carlos C. M. Rocha (presidente do Instituto Voto Legal)
  • Giancarlo G. Rodrigues (subtenente do Exército)
  • Guilherme M. de Almeida (tenente-coronel)
  • Marcelo A. Bormevet (policial federal)
  • Reginaldo V. de Abreu (coronel do Exército)

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