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Quem tem arritmia pode praticar atividade física? Essa é uma das dúvidas que muita gente tem. Afinal, não é incomum ver algum atleta tendo complicações, por exemplo, em campo, por causa da doença. Segundo médicos, a prática de exercícios não é contraindicada, mas é preciso cautela.“A maioria das arritmias são benignas, não impedem a prática de atividade física. Mas como são diversos tipos, tem de ser avaliado caso a caso e qual tipo de atividade física é praticada”, destaca o cardiologista Diogo Barreto.No ano passado, o jogador Juan Izquierdo, do Nacional do Uruguai, morreu aos 27 anos após sofrer parada cardíaca durante um jogo contra o São Paulo no Morumbis, pela Libertadores. Segundo o boletim médico, o jogador foi vítima de morte encefálica após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca.O cirurgião cardiovascular Melchior Luiz Lima afirma que há pessoas que descobrem que há arritmia quando fazem esforço físico. “É preciso fazer uma investigação. Pode ser necessário um estudo eletrofisiológico ou uma ressonância magnética nuclear, ou estudo de ecocardiograma, além de exames de sangue”.Segundo o médico, alterações iônicas, de sódio, potássio, cálcio e magnésio no sangue, ou doenças da tireoide, podem causar arritmias e não ser um problema estrutural do coração. “Normalmente, é traçado na população um batimento ‘normal’ entre 60 e 100 batimentos por minuto”, alerta Melchior.Um alerta feito pelo cardiologista Lucas Frizzera é que o uso de estimulantes pode contribuir para o surgimento ou agravamento de arritmias. Porém, depende também de diversos outros fatores.FIQUE POR DENTROArritmiaAs arritmias cardíacas são alterações no ritmo do coração que podem ser benignas ou fatais. Mais de 320 mil pessoas morrem anualmente vítimas de arritmias cardíacas.Estima-se que a arritmia cardíaca mais comum, a fibrilação atrial, afete cerca de 2% da população mundial e espera-se que afete mais pessoas à medida que a população envelhece.SinaisAlguns dos sintomas mais comuns são palpitações, sensação de falha no coração, desmaios, tontura, falta de ar, mal-estar e fadiga. Em casos mais graves, a arritmia pode levar a confusão mental, pressão arterial baixa e até parada cardiorrespiratória.FatoresUma arritmia pode ser um sinal de doenças cardíacas subjacentes, como insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, problemas nas válvulas cardíacas e hipertensão arterial.Além disso, fatores como alterações nas concentrações de substâncias (sódio, potássio e cálcio), uso excessivo de álcool, drogas ou energéticos, condições emocionais como ansiedade e estresse, bem como influências genéticas, podem contribuir para o desenvolvimento da doença.Fonte: Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac).