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Léo Lara/ Universo Pro
“Prédio Vazio”, o novo filme de terror do cineasta capixaba Rodrigo Aragão, já tem data para chegar às telonas: 12 de junho. Totalmente produzido em Guarapari, cidade natal do diretor, o longa terá distribuição da Retrato Filmes e ganhará pré-estreias no Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.Premiado no início do ano na 28ª Mostra de Tiradentes, onde recebeu o Prêmio Retrato Filmes, o projeto garantiu um contrato de distribuição e um investimento de R$ 100 mil para sua campanha de lançamento.“O maior desafio do cinema brasileiro é fazer os filmes chegarem ao público. O prêmio em Tiradentes foi fundamental para fazer esse filme chegar nas telas grandes. Também ganhamos um edital de difusão de audiovisual da Secretaria de Cultura em 2024”, comemora Rodrigo.O longa é o primeiro de “fantasmas” da carreira do diretor, conhecido por obras como “Mangue Negro” e “O Cemitério das Almas Perdidas”. Rodrigo define “Prédio Vazio” como seu trabalho mais assustador até hoje, com referências ao cinema japonês e forte identidade brasileira.A história acompanha Luna, jovem que procura pela mãe desaparecida no último dia de Carnaval em Guarapari. Sua busca a leva a um edifício aparentemente desabitado, mas que guarda presenças perturbadoras.O prédio do filme fica na Praia do Morro e parte das cenas foi gravada em Santa Mônica. Com uma equipe composta em 50% por alunos de oficinas ministradas pelo cineasta, o projeto foi um “filme-escola”, oferecendo formação e oportunidade para 280 pessoas.A Tribuna – Como surgiu a ideia de transformar Guarapari em ambiente de terror?Rodrigo Aragão – Minha cidade natal é uma eterna fonte de inspiração. A ideia surgiu em um período da minha vida que eu morei na Praia do Morro e percebi que fora de temporada muitos edifícios ficavam quase totalmente apagados, e eu sabia que havia pouquíssimos moradores. Pensei: “deve ser assustador morar em um prédio quase totalmente vazio”.O filme mistura influências do terror japonês com elementos culturais brasileiros. Como criar uma identidade própria?Meu lema é “quanto mais regional, mais universal se torna seu trabalho”. Trazer o filme para um cenário brasileiro e capixaba o torna único. Isso facilita a comercialização internacional e vai dar ao público capixaba uma oportunidade rara de identificação em um filme de narrativa fantástica.Como foi trabalhar em um filme de fantasmas?Sempre soube que o maior medo da humanidade é da morte e de espíritos. O longa surge como uma homenagem aos filmes japoneses.