O Brasil confirmou o primeiro foco de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial localizada em Montenegro (RS) nesta quinta-feira, 15. Até então, o vírus havia sido detectado apenas em aves silvestres em território nacional desde sua chegada ao país, em 2023.
A gripe aviária é uma doença causada por subtipos do vírus Influenza que circulam globalmente desde 2006. No entanto, sua presença no Brasil é recente. Com o novo caso em uma granja, o país entra em estado de alerta, especialmente no setor agropecuário.
O H5N1 é um subtipo do vírus da Influenza Aviária classificado como de alta patogenicidade (HPAI). Isso significa que ele pode se espalhar rapidamente entre aves e causar alta mortalidade nos animais. A gripe aviária foi identificada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália.
O subtipo H5N1 foi isolado apenas em 1996, em gansos na China, com o primeiro caso em humanos registrado no ano seguinte, em Hong Kong.
Comer carne de frango transmite gripe aviária?
Não. O consumo de carne de frango e ovos cozidos ou preparados corretamente não transmite o vírus da gripe aviária H5N1. Tanto o Ministério da Agricultura quanto a OMS afirmam que não há risco de contaminação pela ingestão de produtos de origem avícola devidamente processados.
Gripe aviária pode ser transmitida para humanos?
Sim, mas o risco de infecção humana por gripe aviária é considerado baixo, de acordo com o Ministério da Agricultura. Casos em pessoas geralmente ocorrem entre profissionais que lidam diretamente com aves infectadas, como criadores, tratadores e trabalhadores de granjas, especialmente sem o uso de equipamentos de proteção individual.
Casos suspeitos de transmissão entre humanos ocorreram em situações muito específicas, como entre membros da mesma família ou profissionais de saúde com contato próximo, mas sem disseminação comunitária do vírus.
A transmissão da gripe aviária para humanos acontece, principalmente, pelo contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas) ou com secreções, fezes e fluidos corporais desses animais. A água e objetos contaminados também podem servir como vetores.
Por isso, não se deve tocar ou recolher aves doentes, orienta o Ministério da Agricultura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que o uso de proteção respiratória e ocular é fundamental para quem lida com aves.
Os principais grupos de risco incluem criadores de aves, funcionários de granjas, trabalhadores envolvidos no controle de surtos de gripe aviária e veterinários que atuam diretamente com aves infectadas.
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