O opilião é um aracnídeo pouco conhecido, muito confundido com aranhas pelo corpo arredondado e as oito pernas longas. A aparência não engana: são parentes das aranhas e dos escorpiões, mas não são venenosos. São mais de 6 mil espécies de opiliões pelo mundo, sendo mil só no Brasil, com foco no Cerrado e na Mata Atlântica.
O biólogo Edson Abrão, em entrevista ao Jornal Opção, informou que os opiliões vivem principalmente nessas regiões – encontrado entre folhas caídas e troncos de árvores – porque gostam de lugares sombreados e úmidos, já que se alimenta principalmente de fungos.
“Ele se alimenta de frutos podres que caem nas florestas, de animais, restos de animais, de pequenos animais mortos. Ele também serve de alimento para outros insetos, outros aracnídeos. Então, está dentro do ecossistema e é super importante para a cadeia alimentar”, disse o biólogo.
Como mecanismo de defesa, o animal libera um cheiro muito forte e fétido quando se sente ameaçado. “Libera uma substância que faz com que ele tenha um cheiro mais forte e afaste o seu predador”, informou o biólogo. No Brasil, ele também é chamado de “aranha-bode” por conta desse odor, similar ao cheiro forte de bode.
Diferenças entre aranha e opilião
Os opiliões e as aranhas podem ser confundidos. O primeiro tem somente um par de olhos, enquanto o segundo tem seis ou oito olhos. Desconsiderando as pernas, enquanto o opilião pode medir até 1,5 cm (com um corpo de estrutura única), as aranhas podem variar de pouco milímetros até 20 cm (com corpo composto por duas estruturas: o abdômen e o cefalotórax), segundo informações do Instituto Butantan.
E, claro, o opilião não faz teia.
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