Feira do MST reúne 300 mil em SP e mostra força da Reforma Agrária

Mais de 300 mil pessoas passaram pela 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em São Paulo, consolidando o evento como a maior vitrine da agroecologia no Brasil. Realizada no Parque da Água Branca, a edição de 2025 marcou os 10 anos da iniciativa com números expressivos: 1.920 tipos de produtos ofertados, 40 toneladas de alimentos doados e a presença de representantes de 23 estados e do Distrito Federal.

“A Feira Nacional expressa tudo o que o MST quer construir e acredita de uma nova sociedade”, afirmou Bárbara Loureiro, da coordenação nacional do MST. “São mais de 2 mil Sem Terra de 23 estados brasileiros e DF, das nossas cinco regiões, que vieram construir esse espaço.”

Sob o lema “Agroecologia: produzir alimentos e enfrentar a crise climática”, o evento, que terminou neste domingo (11), se consolidou como um espaço de debate e apresentação de soluções para desafios urgentes. “A Feira vem mostrar as propostas concretas e reais do Movimento Sem Terra para enfrentar duas grandes mazelas que atingem o povo brasileiro que é a fome e a crise climática”, explicou Bárbara.

Solidariedade e articulação política em destaque

Além da vasta oferta de alimentos saudáveis e produtos agroecológicos, a feira promoveu o “Ato MST Cultivando a Solidariedade”, com a doação de 25 toneladas de alimentos a organizações populares da capital paulista. Ao final do evento, o volume de doações, incluindo o excedente, alcançou a marca de 40 toneladas.

O evento também se tornou um importante palco de articulação política. O “Café com Parlamentares” reuniu 60 representantes de diversos estados, que manifestaram apoio à Reforma Agrária Popular. A presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e de ministros como Márcia Lopes (Mulheres), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macêdo (Secretaria Geral da Presidência) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) evidenciou a relevância do MST no cenário político nacional.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin em vista à V Feira do MST | Foto: Cadu Gomes/VPR

Em sua passagem pelo local, Alckmin destacou em suas redes sociais que “o MST desempenha um papel crucial para a agroecologia, a produção orgânica no Brasil e a geração de renda para a agricultura familiar”, disse. “Conversei com agricultores, visitei os estandes e pude constatar o compromisso do movimento com o cooperativismo e a agricultura sustentável”, concluiu.

Cultura, diversidade e parcerias internacionais

O caráter internacionalista da feira também foi marcante, com a participação de representantes de Cuba, Palestina, República Árabe Saaraui Democrática e Venezuela, que compartilharam suas experiências de resistência e reafirmaram a parceria com o MST.

A programação diversificada incluiu ainda o “Café Literário”, com a presença de nomes como o jornalista Leonardo Sakamoto, 28 seminários e oficinas, a apresentação de 180 cooperativas e a rica culinária de 143 pratos de diferentes estados no espaço “Culinária da Terra”. A arte e a cultura também tiveram espaço garantido, com a apresentação de 357 artistas de diversas expressões.

Ao celebrar 10 anos, a Feira Nacional da Reforma Agrária reafirma seu papel como um espaço vital para a promoção da agroecologia, da produção familiar, da solidariedade e da cultura, consolidando-se como uma demonstração concreta do potencial da Reforma Agrária Popular para o desenvolvimento de um Brasil mais justo e sustentável.

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com informações do MST e agências

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