O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) voltou a criticar, na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a contratação da Associação Nacional de Desenvolvimento da Educação e da Cultura (Andelivros) pelo Governo do Estado sem licitação. A denúncia refere-se à realização do Circuito Literário de Pernambuco (CLIPE), pelo segundo ano consecutivo, com base em contrato por inexigibilidade publicado no Diário Oficial em pleno feriado de 1º de maio. O novo acordo prevê o repasse de R$ 3,1 milhões à entidade.
O parlamentar lembrou que, no ano passado, além da contratação sem licitação, o Governo determinou que o Bônus Livro — auxílio concedido a professores para compra de livros — fosse utilizado exclusivamente no evento promovido pela Andelivros. Segundo ele, “o valor de R$ 35 milhões pago à entidade supõe que todos os profissionais da educação compareceram ao CLIPE e gastaram o valor máximo do bônus, o que é inaceitável”.
Waldemar Borges afirmou ter solicitado informações formais sobre a quantidade de participantes e os valores efetivamente gastos por cada profissional da educação. “Encaminhamos um pedido de informação e pedimos ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público que agilizem as investigações. Isso é uma demonstração cabal e inaceitável de favorecimento”, declarou o deputado.