Avançando Brasil adentro, garimpo ilegal não é mais uma realidade apenas da Amazônia

Rompendo fronteiras e se alastrando em todo o território nacional, o garimpo ilegal tem provocado há anos um “show de horrores” em biomas e em reservas indígenas, como a Terra Yanomami, traumatizada pela extração ilegal de minérios. 

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Em meio à guerra travada entre as forças de segurança e o garimpo ilegal, garimpeiros têm migrado para regiões ricas e, até então, pouco exploradas se comparada a Amazônia. Goiás, inclusive, entrou no foco dos criminosos.

Em 2025, o número de prisões de garimpeiros ilegais aumentou 712% na comparação com todo o decorrer de 2024. Foram mais de  130 detidos em pouco mais de cinco meses, contra 16 no ano passado.

Embora haja forte fiscalização, há ainda outra questão que desafia o combate: o garimpo legalizado. Os governos estaduais podem permitir o desmatamento para mineração. 

Em 2024, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou a derrubada de floresta para extração mineral em áreas de reserva legal, definidas pelo Código Florestal. A lei foi aprovada no momento em que o governo Lula decidiu manter presença constante do Estado no território Yanomami, em Roraima, para evitar a retomada do garimpo ilegal. 

Com a omissão do governo anterior, a reserva indígena foi invadida por cerca de 30 mil garimpeiros, provocando mortes por contaminação e subnutrição. O cenário deixa evidente que não basta o governo federal estabelecer políticas preservacionistas se não há adequação de legislações estaduais e vigilância dos organismos de controle e fiscalização, assim como oportunidades de emprego compatíveis com a preservação ambiental. 

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