Mil toneladas de emoção!

À propósito da minha crônica domingueira neste Dia das Mães, recebi uma linda manifestação do meu amigo e leitor assíduo Américo Lopes, diretor da Folha de Pernambuco, conterrâneo do Pajeú, que se apresenta como Zé da Coruja. Confira abaixo!

“Caríssimo Magno:

Que linda crônica esta sobre Dona Margarida, carga poética e afetiva de mil toneladas de dinamite. Dia das Mães é assim mesmo.

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Todas as Mães são majestosas e universais, simbolizam todas as mães com e sem os seus filhos, vivos ou perdidos no destino da vida, na Ucrânia, em Israel, na nossa vida dura mas bela, pois presente de Deus, através delas.

No poema Mãe, o grande Mário Quinta assim se expressa sobre elas:
“Mãe… São três letras apenas
As desse nome bendito;
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito”.

A ausência das mães, por encantamento, como ensinou João Guimarães Rosa — o caso meu e o seu, Magno, e de tantos — não impede que as tratemos com beijinhos, carinhos, afagos e uma felicidade que não tem fim, que o vínculo do filho com a sua mãe será eterno e muito maior que esse breve instante que é a vida, vida que é maravilhoso presente da Misericórdia Divina, por intermédio delas.

Convenci-me que a maior manifestação divina é uma mulher preparar um filho durante nove meses. Que alquimia misteriosa é esta, só as mulheres decifraram o segredo da Pedra Filosofal! Só as mulheres decifraram o segredo da imortalidade, através dos seus descendentes, da felicidade e da bem-aventurança!

A minha família foi destroçada pelo cangaço do sertão, tema pouco recorrente na minha vida — por questão de sobrevivência emocional e espiritual — e da terra natal zarpamos feito arribaçãs. O pai, o chefe da família, não suportou a ausência da terra amada e nos deixou quase menino.

À Mãe Euza coube o papel de pai e mãe, e ela foi dura para não perder o rebanho. Todos os beijos e carinhos ela guardou para os netos, todos os netos. Mesmo querendo aqueles afagos, que não foram meus, hoje eu compreendo tudo, vírgula por vírgula. É como a revelação do Aleph, do genial argentino Jorge Luiz Borges. A sua vida passa em um segundo e a você tudo é esclarecido.

Eu saúdo a minha mãe e todas as mães verdadeiras deste mundo através da Felicidade de Tom e Vinícius, as palavras dentre as palavras, o que mais se aproxima da doce palavra Mãe.

Mãe Euza, Mãe Margarida, Mãe Udociles, Mãe Mary, Mãe Bárbara, Mãe Roseane, Mãe Do Carmo, Mães Marias, Mães Lúcias, Mães Teresas, Mãe Nossa Senhora de todos os filhos nesta terra:

‘A felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor. Brilha tranquila. Depois, de leve oscila. E cai como uma lágrima de amor’!

Zé da Coruja, bezerro desmamado.

Recife, 11 de maio das Mães”

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