O município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, alcançou o maior índice de desenvolvimento socioeconômico do estado, segundo dados do IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Com nota geral de 0,6865 em uma escala que vai de 0 a 1, a cidade ocupa a 1.578ª posição entre os municípios brasileiros. O levantamento se baseia em dados de 2023 e avalia os indicadores de emprego e renda, educação e saúde.
Com o salto do IFDM geral do município de 0,5500 em 2013 para 0,6865 em 2023, Luís Eduardo obteve um crescimento expressivo de 24,8% na última década. Os avanços foram percebidos nas áreas:
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- Emprego e Renda: de 0,8813 para 0,8891
- Educação: de 0,2887 para 0,5088
- Saúde: de 0,4801 para 0,6616
Em publicação nas redes sociais, o prefeito Junior Marabá (PP) celebrou o índice e afirmou que o resultado traz um sentimento de que a gestão está “no caminho certo”.
“O melhor de tudo: na Educação tivemos avanços significativos, o que nos traz um sentimento de realização e mostra que estamos no caminho certo com nossos pequenos, para que se tornem os grandes protagonistas da nossa próspera cidade. Parabéns a todos os luiseduardenses”, disse.
Comparativo estadual
No comparativo estadual, Salvador aparece em sétimo lugar, com nota de 0,6442, atrás de municípios como Irecê (0,6731), Brumado (0,6631), Barreiras (0,6603), Mata de São João (0,6585) e Mucuri (0,6505), todos com desempenho superior ao da capital baiana no índice geral.
Municípios com menor desempenho
Na outra ponta da lista, cinco cidades baianas registraram os menores índices no levantamento. Pilão Arcado aparece na última posição estadual e nacional, com nota de 0,2986. Iramaia (0,3013), Paratinga (0,3250), Campo Alegre de Lourdes (0,3339) e Sítio do Mato (0,3515) também figuram entre os municípios com os piores desempenhos no estado.
O IFDM considera dados públicos oficiais, como os do Ministério da Educação, do Ministério da Saúde e da Receita Federal, para compor os índices de cada setor. A edição mais recente utiliza dados referentes ao ano de 2021, processados e divulgados em 2023 pela Firjan.
Esses municípios com notas mais baixas enfrentam desafios históricos relacionados ao acesso a serviços públicos básicos, sobretudo nas áreas de saúde e educação, o que impacta diretamente o desenvolvimento econômico e social.
Santa Inês lidera ranking da educação entre cidades baianas
No recorte educacional, a cidade de Santa Inês, no Vale do Jiquiriçá, obteve o melhor desempenho entre os 417 municípios da Bahia. A nota em educação foi de 0,7514, embora a média geral tenha sido de 0,5050, o que posicionou o município na 978ª colocação no ranking nacional.
Outras quatro cidades também se destacaram nesse setor: Licínio de Almeida (0,7206), Elísio Medrado (0,7042), Novo Horizonte (0,7042) e Planaltino (0,7026), compondo o grupo das cinco melhores notas em educação na Bahia. O município de Luís Eduardo Magalhães, por sua vez, pontuou em 0,5088 no setor da educação.
Por outro lado, Pilão Arcado também figura com o pior desempenho em educação, marcando apenas 0,1475. Campo Alegre de Lourdes (0,2511), Sítio do Mato (0,2494), Casa Nova (0,2439) e Itabela (0,2294) completam a lista negativa.
Desigualdade marca cenário socioeconômico da Bahia
A edição 2025 do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) expôs um retrato preocupante da realidade socioeconômica na Bahia. Dos 417 municípios do estado, 95,4% estão classificados com desenvolvimento baixo ou crítico, percentual bem acima da média nacional, que é de 47,3%. O dado reforça a concentração da precariedade em grande parte do território baiano.
Segundo o levantamento, 90,4% das cidades baianas apresentam desenvolvimento baixo e 5% estão em situação crítica. Apenas 4,6% dos municípios alcançaram grau moderado, e nenhum foi classificado com desenvolvimento alto. Em números absolutos, isso representa cerca de 10,4 milhões de baianos — o equivalente a 70,5% da população estadual — vivendo em localidades com desempenho abaixo do ideal.
A Firjan destacou que a Bahia lidera o ranking negativo nacional nesse aspecto: “A Bahia é o estado onde mais pessoas vivem em municípios situados nessas condições de desenvolvimento” Mesmo assim, o índice estadual apresentou avanço nos últimos dez anos, subindo de 0,2966 para 0,4920 entre 2013 e 2023, o que representa crescimento de 65,9%, impulsionado especialmente pela área de Educação.
Após atingir 82% de saneamento, Marabá quer revitalizar bairros com infraestrutura antiga
Em entrevista ao Portal M!, no dia 26 de março, o prefeito de Luís Eduardo Magalhães pelo segundo mandato, Junior Marabá (PP) destacou que sua administração conseguiu solucionar problemas históricos que, apesar de serem debatidos em processos eleitorais anteriores, não haviam sido resolvidos.
“Ainda tem muito o que fazer. Sou prefeito pelo segundo mandato, fui reconduzido com 83% dos votos e isso se deve a uma gestão inclusiva, uma gestão da qual se solucionou os problemas que eram muito antigos e debatidos em processos eleitorais em nosso município. Então, quando eu vim conseguir executar em quatro anos, o que não se fez em 20 anos no nosso município, a população reconheceu e nos entregou esse resultado na urna”, declarou.
Sobre os desafios que ainda persistem no município, o prefeito reconhece a necessidade de avanços contínuos, mas celebrou as conquistas já alcançadas.
“Por mais que você faça muito, ainda tem muito o que fazer. Entretanto, eu já ultrapassei os 82% em relação a saneamento básico na cidade. É um dos melhores índices a nível de Bahia. Nós avançamos muito em pavimentação por completo em alguns bairros, saneamento… Hoje toda nossa cidade está com iluminação em LED. Nós realizamos uma verdadeira transformação”, pontuou.
Na área de mobilidade urbana, Marabá aponta transformações que deram ao município um aspecto mais estruturado e funcional. Ele destaca as sinalizações como um dos pilares dessa mudança.
“Quando se fala em mobilidade urbana, nós fizemos transformações com sinalizações verticais e horizontais, entregando para o luís eduardense, uma cidade com ‘cara de cidade grande’.
Então, esse é o conceito da quinta economia da Bahia, investimos muito em infraestrutura”, relatou.
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