Para pagar a dívida deixada pela última gestão, os representantes da Prefeitura de Goiânia batem na tecla da economia desde janeiro. Em entrevista ao Jornal Opção, o secretário da Fazenda, Valdivino José de Oliveira, afirmou que estão aplicando pelo menos 20% de redução para dar continuidade aos contratos do município. “Todos os contratos que nós estamos renovando, refazendo, estamos exigindo 20% de desconto. Estamos diminuindo a quantidade desses contratos, tentando economizar o máximo possível”, afirmou.
Segundo ele, para que um processo seja aprovado no Comitê de Gastos, precisa haver redução de custos. O objetivo é reduzir os gastos do orçamento de 2025 com os custos do ano – que o secretário garante que estão sendo pagos em dia -, para gerar sobra e para cobrir o rombo. “Temos que fazer poupança aqui”, disse o secretário.
Após o prefeito Sandro Mabel (União) solicitar prorrogação do estado de calamidade pública nos âmbitos financeiro e da saúde para mais 180 dias, o secretário pontuou que o sacrifício para pagar a dívida de quase R$ 4 bilhões de reais deve durar o ano todo: “acontece que a dívida do município é muito grande, a dívida que nós herdamos é muito grande. […] E nós temos que avançar mais, e para avançar mais, nós temos que fazer poupança aqui”.
Dívida
Segundo dados apresentados pelo prefeito de Goiânia durante a prestação de contas do último quadrimestre de 2024, referente ainda à gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD), o rombo chega a R$ 4 bilhões, considerando valores fora da contabilidade oficial , como obrigações canceladas e despesas não empenhadas pela antiga gestão.
Os dados exibidos telão durante a reunião mostraram que o maior valor está concentrado na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), com uma dívida não contabilizada de R$ 2.325.277.665,41. Em seguida, aparecem a Secretaria Municipal de Saúde, com R$ 441.119.581,55, e o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (IMAS), com R$ 233.204.101,28.
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