Após quase uma semana de tensão na Câmara Municipal de Goiânia por conta do incidente envolvendo o vereador Sargento Novandir, que acusou o procurador-geral da Casa, Kowalsky Ribeiro, de ameaçar com uma arma de fogo um assessor de seu gabinete após uma discussão por vaga no estacionamento da Casa, a situação deve um desfecho (mesmo que parcial), nesta quinta-feira, 8. Kowalsky decidiu pedir exoneração do cargo, alegando em carta aberta ter sido uma decisão voluntária e fruto de “profunda reflexão”.
Ao ser questionado sobre a decisão do procurador, Novandir se referiu à saída dele como “vergonhosa”. “Ele pediu exoneração para não ser exonerado. Normal, o processo, mas vergonhoso”, afirmou, ao Jornal Opção.
O vereador também disse que iria conversar com seu chefe de gabinete, envolvido na polêmica, para “decidirem juntos” os desdobramentos de sua situação. A reportagem questionou se o servidor seria exonerado (informações de bastidores dão conta que, para a saída de Kowalsky, ficou acordado que o servidor do gabinete de Novandir também sairia), mas não obteve resposta.
Mais cedo, durante a sessão na Câmara, o parlamentar foi à tribuna usando um colete à prova de balas e desfiou acusações contra Kowalsky. “Há vídeos em que ele ameaça dar tiros na cara de trabalhadores do entorno de Brasília, tiros na cara de uma vizinha. É uma pessoa violenta e desequilibrada. Sei que ele pode estar armado com uma pistola carregada. Tenho de me precaver”, disse.
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O conflito entre os dois teria sido motivado por uma disputa por vaga de estacionamento. O motorista e o chefe de gabinete de Novandir pararam o veículo em uma área próxima ao Plenário, quando foram abordados por Kowalsky. O procurador teria usado palavras de baixo calão e, em seguida, conforme imagens de câmeras, desceu de seu veículo com uma arma de fogo na mão, guardando na cintura logo depois.
Na carta aberta divulgada hoje, o procurador da Câmara disse esperar que, “em breve, todos os fatos sejam devidamente esclarecidos”. “Mantenho minha postura ética e comprometida em todas as instâncias. As acusações levianas que foram lançadas contra mim nos últimos dias serão enfrentadas na Justiça, como deve ser, em absoluto respeito ao devido processo legal”.
“Sigo convicto de que essa ruptura profissional não representa um ponto final em minha história, mas sim uma vírgula que marcará o início de novos horizontes e a reafirmação da verdade — princípio que sempre norteou minha vida”, declarou.
A exoneração de Kowalsky será publicada na edição do Diário Oficial desta sexta-feira, 9. Deve assumir o posto de procurador-geral interinamente o subprocurador Herbet de Vasconcelos.
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