Operação da Secretaria da Fazenda fez apreensões no Ceasa, no bairro do Curado, no Recife; e no chão de concessionária de veículos, sem refrigeração adequada, em São Bento do Una. Operação apreende 14 toneladas de queijo sem procedência
Uma operação da Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz) realizada na terça (6) e na quarta (7), apreendeu mais de 14 toneladas de queijos clandestinos no Recife e na cidade de São Bento do Una, no Agreste do estado, após uma denúncia realizada ao órgão de fiscalização (veja vídeo acima).
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A operação foi realizada em parceria com a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Vigilância Sanitária e a Polícia Militar. Além dos queijos, também foram recolhidas 5 toneladas de rótulos irregulares.
Do total de queijos apreendidos, cerca de 11 toneladas foram recolhidas no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE), após fiscalização em 11 estabelecimentos.
Outras três toneladas foram recolhidas na cidade de São Bento do Una, em dois locais diferentes: uma revendedora de veículos e uma fábrica sem licença de funcionamento.
De acordo com a Sefaz, foram identificadas irregularidades como:
comercialização de produtos sem autorização dos órgãos competentes;
uso de embalagens com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) falsificado;
ausência de documentação de origem;
armazenamento em local sem refrigeração adequada.
Segundo o diretor de operações estratégicas da Sefaz, Antônio Emery, um dos alvos da operação em São Bento do Una foi uma concessionária de carros, que também era utilizada para embalar e armazenar queijos.
O outro ponto de fiscalização da cidade foi uma indústria sem licença para funcionamento.
“Em São Bento do Una um dos alvos era uma concessionária. Os queijos estavam sendo embalados no chão, sem nenhuma refrigeração. Esse queijo, tanto da concessionária, como o da indústria – que não tinha licença para funcionamento nem da [Secretaria da] Fazenda, nem da Adagro – somou, em São Bento do Una, 3 toneladas”, comentou Antônio Emery.
Segundo o gerente de inspeção da Adagro, Flávio Silva, as 5 toneladas de rótulos recolhidas pela agência continham alguma espécie de adulteração em selos de inspeção ou a ausência deles.
“Todos os rótulos de produtos que foram apreendidos estavam com embalagens falsificadas, ou embalagens que não tinham registro no nosso serviço de inspeção estadual, o que confere um risco à saúde pública, pela falta de controle com que esses produtos foram elaborados naquele local”, explicou.
De acordo com Antônio Emery, os estabelecimentos não foram cobrados pelos tributos dos queijos porque o alimento era impróprio para consumo. Por conta disso, a Vigilância Sanitária recolheu os produtos para descarte em aterro sanitário.
Queijos armazenados no chão e sem refrigeração foram recolhidos pela Vigilância Sanitária
Sefaz/Divulgação
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