O Senado Federal discute uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que pode mudar significativamente o sistema político-eleitoral brasileiro. A proposta prevê o fim da reeleição para cargos do Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos) e propõe ainda a unificação das eleições municipais, estaduais e federais, que passariam a ocorrer simultaneamente a cada cinco anos.
Um dos parlamentares que apoia a proposta é o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) , que considera o texto positivo para o país. “O fim da reeleição e a unificação do calendário eleitoral têm recebido a simpatia de boa parte dos parlamentares, especialmente por acabar com eleições a cada dois anos e, assim, reduzir custos”, afirmou.
Atualmente, as eleições no Brasil são realizadas a cada dois anos: em um ciclo, para prefeitos e vereadores; no outro, para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. A proposta de unificação, segundo os defensores da PEC, tem como objetivo reduzir custos com campanhas e logística eleitoral ,além de evitar a paralisação frequente da administração pública em razão das disputas eleitorais.
Vanderlan também defendeu o aumento do tempo de mandato de quatro para cinco anos, sem possibilidade de recondução. Ele lembrou sua experiência como prefeito de Senador Canedo (GO), entre 2005 e 2010, para implementar a necessidade de mandatos mais longos.
“Em cinco anos e dez meses, entreguei cerca de 1.500 obras. Esse período permite planejamento, execução e avaliação, sem que o gestor passe os quatro anos focados na busca pela reeleição. Por isso, acredito que a proposta tem chances reais de avanço, e os músculos estão caminhando nesse sentido”, disse o senador.
Um debate sobre a A PEC em debate é relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), ex-ministro da Saúde, e integra um pacote de propostas que visam modernizar o sistema político brasileiro . Entre as sugestões demonstradas, está também o retorno das coligações fornecidas — tema controverso e que divide opiniões no Congresso.
A proposta ainda será discutida em comissão especial
Apesar de o texto ainda estar sendo formatado e apresentado nos bastidores, a expectativa é que ele seja apresentado oficialmente à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nas próximas semanas. Se aprovado, seguirá para o plenário do Senado e, posteriormente, para a Câmara dos Deputados.
Para se tratar de uma alteração constitucional, a proposta precisa de aprovação em dois turnos nas duas Casas do Congresso , com apoio de pelo menos três quintos dos parlamentares — o equivalente a 49 senadores e 308 deputados federais.
Se aprovar a tempo, a PEC poderá valer já para as próximas eleições gerais, em 2026. No entanto, mudanças desse tipo costumam enfrentar resistência, principalmente entre grupos políticos que se beneficiam do modelo atual de reeleição.
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