O Ministério Público de Goiás (MPGO) e a Prefeitura de Goiânia retomaram nesta terça-feira, 6, o diálogo para reestruturar o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas). A reunião, conduzida pelo MPGO, contou com a presença do prefeito Sandro Mabel e de representantes das duas instituições, com o objetivo de sanar irregularidades e melhorar o funcionamento do Imas.
Durante o encontro, foram debatidas medidas estruturais para corrigir falhas administrativas e promover um funcionamento mais eficiente do Imas. A proposta do MPGO é estabelecer um termo de ajustamento de conduta (TAC) que defina prazos e metas para as mudanças, com vistas à possível finalização de um procedimento investigatório ainda em andamento.
A promotora de Justiça Carmem Lúcia Santana de Freitas apresentou um histórico das auditorias realizadas pela Universidade Federal de Goiás (UFG), que identificaram vulnerabilidades no instituto e sugeriram melhorias para evitar sua extinção. Após um período de interrupção no diálogo institucional, esta foi a primeira reunião efetiva com a nova gestão municipal.
O prefeito Sandro Mabel e o presidente do Imas, Paulo Henrique Rodrigues Silva, reconheceram os desafios na gestão do instituto. Entre os pontos destacados estão a redução de gastos, revisão de contratos com fornecedores e a necessidade de maior transparência nas ações administrativas.
Segundo o prefeito, os compromissos financeiros da atual gestão estão sendo cumpridos rigorosamente, e há expectativa de que os ajustes necessários sejam implementados até o final de 2025.
O promotor de Justiça Cassius Marcellus de Freitas Rodrigues elogiou a diminuição de queixas sobre atendimento nos últimos meses, mas alertou para a falta de transparência e a necessidade de melhorar os canais de comunicação com os usuários do Imas. A sugestão foi bem recebida pelo prefeito, que reconheceu a importância da medida.
Já a promotora Marlene Nunes Freitas Bueno, coordenadora da Área da Saúde do MPGO, enfatizou que a gestão do Imas exige decisões estratégicas, sobretudo na definição de prioridades para reestruturação. Ela afirmou que ainda é necessária a responsabilização por gestões passadas que contribuíram para o cenário crítico encontrado, mas demonstrou otimismo com a construção conjunta de soluções.
Ao final do encontro, ficou acordado que o MPGO irá enviar um documento com propostas formais à Prefeitura em até 15 dias. Após o recebimento, a equipe municipal terá mais 15 dias para análise e posterior reunião de alinhamento.
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