
Rosa Passos será homenageada na quinta edição do troféu ‘Tradições’, programada pela UBC para 9 de junho
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♫ ANÁLISE
♪ Houve um certo machismo nas muitas vezes em que Rosa Passos foi caracterizada na imprensa musical como “João Gilberto de saias”. Descontada a mania nacional de quase sempre apontar um homem como referência de algo, o epíteto guarda algum fundo de verdade.
Como João, Rosa Maria Farias Passos – cantora, compositora e violonista baiana nascida em 13 de abril de 1952 em Salvador (BA) – doma o ritmo no canto e no violão tocado com bossa toda própria.
Além de ser cantora hábil ao dar voz e balanço a músicas de compositores como Djavan, Rosa Passos também merece ser louvada pelo cancioneiro autoral que vem construindo desde 1979, ano em que lançou o primeiro álbum, Recriação, ao qual se seguiram álbuns também autorais como Festa (1993), Pano pra manga (1996) e Morada do samba (1999).
É por isso que a União Brasileira dos Compositores (UBC) faz justiça ao laurear Rosa Passos na quinta edição do Troféu Tradições em cerimônia programada para 9 de junho na recém-aberta Casa UBC, na sede da instituição, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Na premiação, além de receber o troféu das mãos da cantora Paula Lima, diretora-presidente da UBC, Rosa vai cantar algumas músicas de obra autoral calcada na parceria da compositora com Fernando de Oliveira, letrista de canções como o bolero Juras (1993), o samba Dunas (1993) e Verão (1996).
Por também ser intérprete de canto sagaz como o toque do violão, Rosa Passos tem na discografia songbooks de compositores como Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), Ary Barroso (1903 – 1964), Djavan e Dorival Caymmi (1914 – 2008). O último álbum da artista, Rosa Passos e Lula Galvão (2023), foi lançado há dois anos.
Voz que ecoa a modernidade das tradições da música brasileira, Rosa Passos faz jus à honraria que lhe será feita em junho pela UBC.