Com o objetivo de fortalecer a atenção primária à saúde no SUS, o governo Lula abriu mais de 3 mil novas vagas para o programa Mais Médicos. O novo edital de chamamento público foi lançado nesta segunda-feira (5) e os profissionais interessados em participar já podem se inscrever.
Do total de 3.174 vagas, 3.066 serão distribuídas entre 1.620 municípios e 108 serão destinadas a 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).
O foco deste novo processo, de acordo com o Ministério da Saúde, é levar os médicos até as regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais.
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As vagas do edital contemplam, em sua maioria, regiões vulneráveis de municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%).
Os trabalhadores do Mais Médicos integram as equipes de Saúde da Família e oferecem atendimento e acompanhamento mais próximos da população. Segundo o Ministério da Saúde, a meta é chegar a 28 mil profissionais até o fim de 2025.
“Existe uma importante conexão entre o Mais Médicos, o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, e o nosso esforço contínuo em acelerar o atendimento especializado no SUS, que é uma das principais preocupações da nossa gestão”, salientou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha
Ele acrescentou que “a atuação integrada desses profissionais, pelo prontuário eletrônico e os fluxos que vão reduzir o tempo de espera do paciente, vai facilitar o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos”.
Perfil
O novo edital contempla três perfis profissionais: médicos formados no Brasil com registro no CRM, médicos brasileiros formados no exterior e médicos estrangeiros habilitados.
Para os dois últimos perfis, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.
Alcance
Dados do governo federal informam que atualmente o programa Mais Médicos, criado em 2013, atende a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Ao todo, envolve quase 25 mil médicos que atuam em 4,2 mil municípios — o que representa 77% do território nacional.
Dentre essas localidades, 1,7 mil apresentam altos índices de vulnerabilidade social. Em dezembro de 2024, o programa alcançou um marco histórico ao registrar o maior número de médicos em atividade nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), com 601 profissionais atuando nessas regiões.
Com agências
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