A secretária de Saúde de Anápolis, Eliane Pereira dos Santos, negou os rumores sobre a possibilidade de encerramento do contrato com a Funev ou de uma intervenção do Estado na gestão da saúde do município. “Em nenhum momento foi cogitado o encerramento. Alguém deve ter tentado espalhar uma notícia falsa. Na verdade, estamos cada vez mais alinhados. A parceria com o Estado foi firmada e está funcionando”, garantiu ao Jornal Opção.
Ela afirmou que o relacionamento entre a prefeitura e a Fundação Universitária Evangélica (Funev) está positivo e alinhado, apesar dos desafios enfrentados pelas unidades de saúde geridas pela fundação. Em entrevista, ela destacou que o serviço prestado tem evoluído e que a fundação tem atendido às demandas propostas pela gestão municipal.
A secretária negou rumores sobre a possibilidade de encerramento do contrato com a Funev ou intervenção do Estado na gestão da saúde do município. “Não foi ventilado nenhum encerramento. Alguém deve ter tentado plantar uma notícia falsa. Estamos, na verdade, cada vez mais alinhados. A parceria com o Estado foi selada e está funcionando”, explicou Eliane Pereira.
Eliane ressaltou que a saúde é a principal prioridade da atual gestão municipal. “A saúde é a principal meta do nosso prefeito. Já melhorou muito nesses 100 dias, mas ainda há muito a avançar. Anápolis é cidade polo e responde por 60 municípios, então precisamos constantemente melhorar o atendimento.”
“O relacionamento está bem alinhado, o serviço tem realmente sido avançado. Nós pegamos realmente algumas coisas para melhorar, mas tudo que temos proposto de melhoria, eles têm atendido dentro das nossas unidades que são contratualizadas com a Funev”, afirmou.
Atualmente, a Funev administra a atenção primária, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pediátrica e o Hospital Alfredo Abrahão. Segundo a secretária, a principal sobrecarga tem ocorrido na UPA Pediátrica, que tem atendido pacientes de outros municípios devido à ausência de serviços semelhantes na região.
“A UPA Pediátrica foi feita para atender o município de Anápolis, mas 50% dos atendimentos são de fora. Isso acontece porque ela presta um bom serviço e não há outro pronto atendimento pediátrico na região. Com isso, os municípios vizinhos, e até mais distantes, acabam utilizando nossos serviços, o que gera superlotação”, explicou Eliane.
A secretária também comentou a reunião ocorrida no último dia 29 de abril, entre representantes da prefeitura, da Secretaria Estadual de Saúde e da Funev. Segundo ela, o objetivo foi discutir estratégias para reduzir a superlotação e melhorar o atendimento à população.
“A reunião não foi sobre gestão da Funev, foi para pensar soluções para o excesso de atendimentos. O prefeito chamou o secretário de Estado para alinharmos uma parceria. Estamos discutindo ampliação e melhorias, porque, mesmo não sendo de gestão municipal, o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana) está dentro do nosso município”, disse.
Ela ressaltou que o Heana, também administrado pela Funev, tem enfrentado alta demanda por atender casos de alta complexidade e receber pacientes de cerca de 60 municípios da macrorregião Norte de Goiás.
Quanto ao repasse de recursos, Eliane explicou que a prefeitura compra serviços da fundação para as três unidades sob sua responsabilidade, mas não soube informar o valor exato. “Está dentro do preço de mercado, mas, nesse momento, eu não tenho um valor exato . São valores que não são muito altos, dentro do atendimento da atenção primária, Alfredo Abrão e UPA Pediátrica”, afirmou a secretária.

O que diz a Funev
A Funev enviou uma nota explicando que faz a gestão de 61 unidades de saúde em Goiás e que o serviço tem recebido reconhecimento tanto do Estado quanto dos municípios, incluindo Anápolis. A OS esclarece que não existe a possibilidade de intervenção estadual na saúde de Anápolis, e muito menos de encerramento do contrato com a Secretaria Municipal de Saúde.
“Destacamos que, em razão dos resultados positivos alcançados, a FUNEV tem ampliado sua atuação, especialmente nos últimos três anos. Tais resultados são acompanhados e reconhecidos pelo Estado de Goiás e pelo Município de Anápolis”, disse a Fundação.
A Funec esclareceu que não há qualquer intervenção do Estado de Goiás no Município de Anápolis. “O que ocorre é a continuidade das ações de reestruturação da rede de urgência e emergência, conforme anunciado oficialmente pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), tendo em vista que o HEANA, localizado em Anápolis, é referência para toda uma macrorregião, abrangendo aproximadamente 1,1 milhão de habitantes, além do reconhecido potencial do Município de Anápolis para colaborar com o fortalecimento da rede”, finalizou em nota.
Notícia falsa
A notícia veiculada por um portal local é absolutamente improcedente. A FUNEV possui contrato vigente e, além de cumprir integralmente todas as metas pactuadas, entrega um volume de produção muito superior ao previsto contratualmente. Ao longo dos anos, o HEANA ampliou diversos serviços relevantes para o Estado e tem contribuído diretamente para o fortalecimento da rede de urgência e emergência.
A visita do Secretário Estadual de Saúde e a reunião realizada marcaram um importante avanço: houve definição concreta para a ampliação do hospital e outras melhorias em diferentes frentes.
Por fim, quanto às unidades municipais, a Fundação destacou que os contratos foram recentemente renovados, reafirmando a continuidade da parceria com o Município de Anápolis.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) explicou, por meio de nota, que investe de forma consistente e estratégica na saúde de Anápolis, por meio de convênios, repasses financeiros e parcerias institucionais que visam fortalecer a rede de atendimento local.
O que diz a Secretaria de Saúde de Goiás
Atualmente, o Estado mantém dois convênios vigentes em Anápolis, com a Santa Casa de Misericórdia de Anápolis – com plano mensal atual no valor de R$ 1,1 milhão e que terá um incremento, passando para quase R$ 1,5 milhão mensal (em vigência desde junho de 2024 e em processo de renovação). E com o Hospital Alfredo Abrahão – com vigência de fevereiro a junho de 2025, totalizando R$ 1.025.211,80. Além disso, existem tratativas em andamento com o Hospital Evangélico.
Somente em 2025, o Estado já destinou ao município R$ 4.845.335,84 em contrapartidas financeiras para cofinanciamento de serviços essenciais como: Assistência Farmacêutica; Saúde Mental; Complexo Regulador Regional; Equipes de Saúde prisional; SAMU e UPA; Programas de Saúde da Família; Verificação de Óbitos e atendimento a adolescentes em regime socioeducativo.
A rede estadual é composta pelo Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana), que oferece excelência no atendimento de urgência e emergência com capacidade para atender cerca de 100 pacientes por dia via SUS. A unidade dispõe de 132 leitos, sendo 51 de UTI, mais de 1.000 colaboradores, infraestrutura moderna, múltiplas especialidades médicas e certificações de qualidade reconhecidas nacionalmente, como o selo ONA Nível 2 e o selo do PNCQ em análises clínicas.
Portanto, as ações da SES-GO em Anápolis são planejadas e visam atender às demandas da população. Intervenções pontuais, como as discutidas na reunião do dia 29 de abril com o prefeito da cidade e a FUNEV, são parte de um processo contínuo de diálogo e aprimoramento da gestão local.
A SES informa que o Heana é atualmente gerido pela Fundação Universitária Evangélica (Funev), organização social cujo contrato de gestão está vigente até novembro de 2027. Atualmente, o custeio mensal do hospital é de R$ 9.774.307,52.
A Funev reafirma seu compromisso com um atendimento eficiente e de qualidade à população da região, mantendo atenção constante aos desafios enfrentados pela unidade, especialmente a superlotação. Para enfrentar esse problema, já estão em curso medidas estratégicas, como a integração com unidades municipais e filantrópicas de Anápolis, a unificação dos sistemas de regulação e o fortalecimento da regionalização do SAMU.
Neste momento, não há previsão de intervenção mais ampla como a ocorrida em Goiânia em uma situação de decreto de calamidade pública, mas a SES permanece atenta aos indicadores de desempenho e aberta à cooperação com os entes municipais e entidades gestoras para garantir a qualidade e a segurança no atendimento à população.
Leia também:
Saúde de Anápolis recebe atenção do Estado em reunião com prefeito e secretário Rasível
Hospital Alfredo Abrahão, em Anápolis, chega a 10 mil atendimentos em 100 dias de funcionamento
O post Secretária de saúde de Anápolis nega intervenção estadual no município apareceu primeiro em Jornal Opção.