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Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), realizou no último dia 14, a 5ª fase da Operação Falsarius que investiga um esquema de fraudes contra a Administração Pública. Ao todo, já foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, com a apreensão de 18 celulares e uma grande quantidade de documentos, diplomas, laudos e exames médicos adulterados e falsificados.A operação teve início no fim de 2023, a partir da identificação de inconsistências em documentos apresentados por candidatos aprovados em processos seletivos de secretarias municipais da Grande Vitória. As investigações revelaram um esquema estruturado de falsificação e comércio de documentos públicos e particulares.De acordo com o titular da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), delegado Douglas Vieira, a partir do momento em que as buscas foram sendo aprofundadas, os policiais encontraram receitas médicas falsificadas e carimbos falsificados, caracterizando um comércio ilícito nesse sentido tendo a farmácia cidadã como uma das lesadas neste esquema.”Muitos indivíduos falsificam uma receita de medicamentos caros como o GH (hormônio do crescimento), encaminham na farmácia cidadã e recebem esses medicamentos e depois vendem no mercado paralelo. Nós também descobrimos que há farmácias que compram essas receitas para depois venderem produtos, como testosterona, que exigem aquela receita especial que fica retida. Então o cidadão que não quer consultar um médico, existem farmácias que fazem isso também”, afirmou o delegado.Ainda de acordo com o delegado, muitas pessoas com o intuito de conseguir emprego na área da saúde, falsificam cursos e especializações para entrar em hospitais públicos e privados. Durante as investigações foram descobertas quatro organizações criminosas que atuam independentes, ou seja, sem interligação entre elas.”Quando a gente chega nos compradores, a gente vai chegar em quem vende, obviamente, então por isso que a investigação ela é profunda e muitas pessoas serão indiciadas”, completou o delegado.Tanto quem compra, como quem vende e quem faz a intermediação, pode pegar pena de até 5 anos para cada falsificação, isso se tratando de documento público e pena de até 3 anos para cada documento particular. Quem for pego participando de uma associação criminosa, também pode pegar até 3 anos de prisão.