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Reprodução/Youtube/Band Jornalismo / Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil do Maranhão confirmou nesta quarta-feira (30) que o ovo de Páscoa ingerido por uma mãe e seus dois filhos em Imperatriz estava envenenado com chumbinho, um pesticida altamente tóxico. Os três passaram mal após comerem o chocolate. Evelyn Fernanda Rocha Silva, 13, e Luís Fernando, 7, morreram. A mãe deles, a operadora de caixa Mirian Lira, chegou a ficar internada na UTI, mas se recupera bem.Investigação do caso foi concluída. A Secretaria da Segurança Pública do Maranhão informou que foram encontrados vestígios de um pesticida altamente tóxico nos materiais biológicos das vítimas, no ovo de chocolate e em materiais apreendidos com a suspeita.Suspeita foi presa em 17 de abril. A polícia indiciou Jordélia Pereira Barbosa, 36, por dois homicídios qualificados e por tentativa de homicídio contra a mãe das vítimas. A suspeita, que inicialmente foi levada para unidade prisional em Santa Inês, foi transferida para presídio feminino em São Luís, onde vai aguardar julgamento.A suspeita do crime é ex-namorada do atual companheiro de Mirian. Jordelia estava em um ônibus que saiu de Imperatriz para a cidade de Santa Inês, onde mora, quando foi detida. A cidade fica a cerca de 400 quilômetros de onde o crime aconteceu. O UOL não conseguiu contatar a defesa dela até o momento.Câmera gravou momento em que mulher comprou chocolate. As imagens mostraram que ela chegou ao local com uma peruca preta e óculos escuros por volta das 16h. Ela saiu da loja levando os ovos que foram consumidos pela família na noite do mesmo dia.Mulher assumiu que comprou o ovo, mas negou que tivesse envenenado o doce. Polícia suspeita de crime por motivos de vingança.Mãe pensou que ovo de páscoa fosse presenteMiriam Lira pensou que o doce fosse um presente de alguma loja de chocolates do Maranhão. A mulher contou ter recebido uma ligação telefônica logo que entregaram o ovo em sua casa. A declaração foi dada durante uma entrevista exclusiva hoje à TV Mirante, onde ela apareceu deitada em uma maca e ainda fragilizada com a situação.Mirian acreditou que a loja havia ligado para confirmar a entrega. ”Me perguntaram se eu tinha recebido. Só que, na minha cabeça, eu pensei que fosse o povo da Cacau Show confirmando se eu tinha recebido a embalagem. Eu só respondi que sim. Não busquei investigar mais de onde vinha”, relatou.Ela e os dois filhos provaram juntos o doce na cozinha. A vítima não imaginou ter sido envenenada. Ela acreditou que passava mal por ver o filho agonizando logo após comer o alimento: ”Depois que fui ter noção de quão grave eu fiquei e do estado da Evelyn também”.Mulher diz estar ”digerindo o que aconteceu” e pede justiça pelas crianças. ”Daqui para frente, não tenho nenhum pouco de noção do que vai ser. Só quero que seja feita justiça, porque foram os meus dois filhos, que eu não vou ter mais de volta. Então, é só o que peço.”Menino de sete anos foi a primeira pessoa a morrer. O chocolate, supostamente envenenado, foi entregue na semana passada por um motoboy à mãe do garoto no Maranhão. A irmã de 13 anos morreu nesta terça-feira (29) depois de ficar cinco dias internada.Família não sabia quem tinha enviado o chocolate. O alimento foi entregue com um bilhete que dizia: “Com amor. Feliz Páscoa”. “Logo quando ela recebeu [o chocolate], alguém ligou para ela e perguntou se ela tinha recebido. Aí ela disse que sim e perguntou quem era. A pessoa que estava na linha disse ‘você vai saber quem é'”, disse o irmão da vítima à imprensa local.