A segunda edição do CNU (Concurso Público Nacional Unificado) terá 3.352 vagas e edital publicado com inscrições abertas em julho, segundo a ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação).Mas não é preciso esperar o edital para começar a se preparar. Para Eduardo Cambuy, professor do Gran Concursos, quem ainda não tem uma base deve estudar os assuntos da prova de conhecimentos gerais.”Se o candidato não participou da primeira edição, é muito arriscado focar só os assuntos específicos antes de o edital ser publicado”, diz. O professor recomenda utilizar a primeira prova como parâmetro, já que as questões mais básicas costumam manter um certo padrão.”Agora, se a pessoa já conhece os assuntos gerais, aí vale o risco de apostar nos assuntos específicos, com base na prova anterior. É um risco, mas caso ela não acerte, não será prejudicada”, afirma.Herbert Almeida, professor de administração geral e pública do Estratégia Concursos, também recomenda que o aluno não entre nos estudos específicos nesta fase pré-edital, para que possa dedicar mais tempo para esses temas quando houver uma definição mais detalhada.”Eliminar a parte mais generalista da prova ajuda a sobrar tempo para os outros assuntos posteriormente. Nós observamos que a prova de conhecimentos gerais teve um nível de dificuldade muito baixo na última edição, e a de conhecimentos específicos foi mais pesada”, diz.Ele acredita que temas como direitos humanos, políticas públicas e ética no serviço público devem ser estudados desde já. “Esses três termos são basicamente certos no próximo concurso.””Acrescenta-se também uma matéria chamada administração pública, que na verdade é uma parte de direito administrativo, e a parte de democracia, que teve um tópico de direito constitucional. Além da administração financeira e orçamentária”, diz o professor.Algumas disciplinas gerais, como a de realidade brasileira, esteve em todas as provas. Diversidade, política mundial e sustentabilidade são alguns dos temas citados pelo professor Eduardo como importantes para esta edição.”Mas ainda há muitas questões que são mais teóricas, que não trazem tantos assuntos em alta, que o candidato precisa saber bem o conteúdo. Até mesmo a redação, nem sempre ela traz algum tema atual, ela pode pedir para o candidato dissertar sobre alguma política pública, por exemplo”, afirma.MUDANÇAS DA SEGUNDA EDIÇÃONeste ano, o CNU terá um edital unificado para todos os nove blocos temáticos. Na edição de 2024, foram oito editais diferentes —sete para os postos de nível superior e um para os de ensino médio. O candidato precisava escolher, no momento da inscrição, o bloco com as vagas de seu interesse.Ainda não é possível saber exatamente como será feita essa unificação, mas Herbert Almeida acredita que ela pode trazer mais uniformização dos conteúdos cobrados. “Por outro lado, nós vamos ter um concurseiro muito generalista. Será que isso realmente vai ser bom para selecionar um profissional para atuar em áreas específicas?”, questiona.Eduardo Cambuy diz que o candidato deve ter cautela durante a escolha da carreira. “Muitas vezes, os candidatos escolhiam as que achavam mais fácil, com remuneração mais baixa, nas primeiras opções. E as mais altas, mais concorridas, nas últimas”, diz.”Mas na hora da aprovação, a prioridade são as primeiras opções. Ou seja, o candidato até poderia ter uma nota para passar na carreira de R$ 20 mil, mas se ele colocou a de R$ 5.000 como primeira opção, então a prioridade é essa. A dica é escolher as opções com base na ordem de preferência do candidato.”A segunda edição também prevê duas novas carreiras transversais: analista técnico de Justiça e defesa e analista técnico de desenvolvimento socioeconômico. Por ainda não existir uma definição para estas carreiras, o professor Herbert recomenda começar a estudar por assuntos gerais.Após problemas com o preenchimento do cartão-resposta, que levaram candidatos a contestarem a primeira edição na Justiça, o MGI (Ministério da Gestão e Inovação) decidiu implementar um sistema de código de barras para identificação dos candidatos.”A ideia do código de barras para identificação foi positiva, não fazia sentido o candidato ter que se identificar tantas vezes em uma única prova. Esperamos que novas mudanças sejam anunciadas”, diz Eduardo.
Veja estratégias para se preparar para o CNU antes da publicação do edital
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