Apagão paralisa Espanha e Portugal e mergulha cidades no caos

O pior apagão elétrico da história recente da Espanha e de Portugal paralisou a vida em ambos os países nesta segunda-feira (28). Milhões de pessoas, de norte a sul da Península — com exceção das ilhas —, ficaram sem energia elétrica por horas. Sem uma explicação oficial, o caos tomou conta: semáforos apagados, trens e metrôs parados, aeroportos em colapso, hospitais operando em modo emergencial e o comércio praticamente paralisado.

O presidente espanhol, Pedro Sánchez, afirmou em pronunciamento que “não há dados conclusivos” sobre as causas e pediu que a população limite deslocamentos, economize energia e utilize os celulares apenas para emergências. “É um dia difícil, de tremendo impacto e transcendência”, disse Sánchez.

Em Portugal, o apagão foi igualmente generalizado, atingindo trens, metrôs e aeroportos, com Lisboa sendo um dos locais mais afetados. A Red Elétrica Nacional confirmou o problema e informou que ainda investiga as causas. Apesar do caos, hospitais portugueses conseguiram manter o atendimento com o uso de geradores.

Recuperação parcial e ajuda internacional

A partir das 13h30 (horário local), o fornecimento começou a ser gradativamente restabelecido em algumas regiões graças às interconexões elétricas com França e Marrocos. Por volta das 19h, a Red Eléctrica — operadora espanhola — informou que a luz já havia voltado em partes de Madrid, Andaluzia, Catalunha, País Basco, Galícia, entre outras.

Apesar disso, o diretor de Serviços à Operação da Red Eléctrica, Eduardo Prieto, alertou que a recuperação total pode levar de 6 a 10 horas. As autoridades espanholas e portuguesas, assim como a Comissão Europeia, descartam, até agora, qualquer indício de sabotagem, mas não excluem nenhuma hipótese. A que ganha mais força diz respeito a um fenômeno atmosférico raro, com temperaturas extremas no interior do país.

Sánchez garantiu que se desconhecem as causas do corte e apelou à responsabilidade dos cidadãos. Segundo ele, houve hoje “uma forte oscilação, em termos técnicos, no sistema elétrico europeu, que desencadeou a interrupção do abastecimento em toda a Península Ibérica e algumas zonas do sul de França”, mas não existe ainda “informação conclusiva sobre os motivos deste corte”.

“Os técnicos da Red Elétcrica [a distribuidora espanhola de energia] estão a trabalhar para determinar as causas e solucionar o problema o mais depressa possível”, afirmou Sánchez, que considerou que a prioridade e o mais importante neste momento é voltar a garantir o abastecimento de energia em todo o país.

Espanha espera recuperar o abastecimento de eletricidade em todo o país “em breve”, após o apagão de hoje, disse o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, que garantiu que se desconhecem as causas do corte e apelou à responsabilidade dos cidadãos.

Segundo Sánchez, houve hoje “uma forte oscilação, em termos técnicos, no sistema elétrico europeu, que desencadeou a interrupção do abastecimento em toda a Península Ibérica e algumas zonas do sul de França”, mas não existe ainda “informação conclusiva sobre os motivos deste corte”.

“Os técnicos da Red Elétcrica [a distribuidora espanhola de energia] estão a trabalhar para determinar as causas e solucionar o problema o mais depressa possível”, afirmou Sánchez, que considerou que a prioridade e o mais importante neste momento é voltar a garantir o abastecimento de energia em todo o país.

Mobilidade urbana e serviços públicos em colapso

O impacto foi imediato no transporte público e privado. Trens de alta velocidade, metrôs e redes de ônibus interromperam seus serviços, deixando milhares de passageiros retidos em estações e vagões. No setor aéreo, aeroportos como Madrid-Barajas e Lisboa-Amadora registraram atrasos e falhas nos sistemas de embarque e bagagem.

Nas cidades, o trânsito se transformou em um verdadeiro desafio: semáforos inoperantes, longos congestionamentos e túneis fechados obrigaram muitos cidadãos a recorrerem à caminhada como único meio seguro de locomoção. A Direção Geral de Trânsito recomendou que a população evitasse utilizar carros, salvo em casos de extrema necessidade.

Hospitais, indústria e telecomunicações sob pressão

Os hospitais ativaram grupos geradores para manter equipamentos vitais funcionando, mas procedimentos médicos não urgentes foram suspensos. O setor industrial também sofreu: fábricas da Ford, Seat e Iveco interromperam a produção, enquanto complexos petroquímicos acionaram protocolos de parada segura.

As redes de telecomunicações registraram falhas generalizadas. Embora alguns serviços móveis tenham se mantido parcialmente ativos, aplicativos de mensagens como WhatsApp apresentaram instabilidade. Empresas como Telefónica e Vodafone montaram comitês de crise para tentar normalizar o serviço.

Um alerta sobre a vulnerabilidade energética

O apagão desta segunda-feira revelou a fragilidade das infraestruturas energéticas e de comunicação em países altamente urbanizados e dependentes da tecnologia. O episódio também lança luz sobre a necessidade de sistemas de contingência mais robustos e investimentos em segurança energética.

Enquanto investigações seguem em curso, a população de Espanha e Portugal vive um raro e desconcertante retorno a um cotidiano sem eletricidade — e com ele, a reflexão sobre o que significa a dependência da energia no mundo moderno.

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