
No próximo dia 7 de maio, na Capela Sistina, no Vaticano, começa o Conclave que vai eleger o sucessor de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, falecido em 21 de abril. O Colégio de Cardeais, composto atualmente por 252 integrantes, decidiu nesta segunda-feira (28) a data de início da votação em reunião da quinta Congregação Geral.
Do total de cardeais, apenas 135, todos com menos de 80 anos, estão habilitados a votar. Sete dos oito cardeais brasileiros fazem parte desse grupo. O único brasileiro fora do processo de votação é Dom Raymundo Damasceno Assis, de 88 anos, arcebispo emérito de Aparecida (SP), que, embora sem direito a voto, participa das discussões e pode, inclusive, ser eleito.
Entre os brasileiros votantes, estão nomes de peso na Igreja Católica:
- João Braz de Aviz (77 anos): natural de Mafra (SC), é prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e foi arcebispo de Brasília.
- Paulo Cezar Costa (57 anos): arcebispo de Brasília, é uma das lideranças mais jovens da delegação brasileira, com forte atuação na CNBB e no Celam.
- Sérgio da Rocha (65 anos): arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, é membro do Conselho de Cardeais que assessora o papa.
- Odilo Pedro Scherer (75 anos): arcebispo de São Paulo, um dos mais experientes, já ocupou cargos-chave na CNBB e no episcopado latino-americano.
- Jaime Spengler (64 anos): presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, recém-criado cardeal em 2024, traz a força renovadora do episcopado nacional.
- Leonardo Ulrich Steiner (74 anos): arcebispo de Manaus e voz ativa nas questões amazônicas, foi criado cardeal em 2022.
- Orani João Tempesta (74 anos): arcebispo do Rio de Janeiro desde 2009, figura de destaque na Igreja brasileira e nomeado cardeal em 2014.
O Conclave, que significa “fechado à chave”, seguirá o rígido protocolo descrito na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, instituída por João Paulo II e atualizada por Bento XVI. Isolados na Capela Sistina, os cardeais eleitores só sairão de lá após a eleição, sinalizada pela tradicional fumaça branca.
A escolha exige uma maioria qualificada de dois terços dos votos. Se após 33 ou 34 votações nenhum nome alcançar esse número, a eleição se restringe aos dois mais votados, ainda exigindo dois terços dos votos. O novo papa, escolhido entre qualquer um dos cardeais presentes ou não, indicará seu nome pontifício logo após aceitar a eleição.
Com forte representação no Colégio Cardinalício e lideranças experientes, o Brasil chega a este Conclave com influência renovada. Seja participando da eleição ou orientando os rumos da Igreja, os cardeais brasileiros estarão no centro de uma decisão histórica para os católicos de todo o mundo.
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com agências
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