Por Ryann Albuquerque
Do Blog da Folha
A deputada estadual Dani Portela (PSOL) afirmou, nesta sexta-feira (25), que a presença do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e da governadora Raquel Lyra (PSD) como possíveis aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo governo de Pernambuco em 2026 reforça a necessidade de ampliar o apoio ao chefe do Executivo.
Em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM, nesta segunda-feira (28), Dani destacou que todas as candidaturas que estiverem na base de Lula serão bem-vindas.
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“Acho que quanto mais candidaturas houverem para apoiar o presidente Lula, melhor. Estamos em um tempo de enfrentar a extrema-direita não apenas na Presidência, mas também nos parlamentos. Desde a presidenta Dilma, a gente vem perdendo a correlação de forças no Congresso. Precisamos focar na eleição de deputados federais, senadores, governadores e deputados estaduais aliados, para garantir a governabilidade”, declarou.
Para a deputada, o fundamental é fortalecer o campo progressista e assegurar a reeleição do presidente. “Todos os palanques que se formarem para apoiar Lula serão importantíssimos. O fundamental para a gente é a reeleição do presidente em 2026”, reforçou.
Migração
Durante a entrevista, Dani Portela também comentou a decisão do coletivo político que lidera, o Florescer, que deixou o PSOL para se filiar ao PT. Segundo ela, a mudança foi motivada pelo momento histórico vivido pelo país e pela necessidade de fortalecer a base de apoio a Lula.
“O nosso coletivo entendeu a importância de construir um dos maiores partidos da América Latina, justamente no ano que antecede a reeleição do presidente Lula. Estamos vivendo uma luta nacional contra a extrema-direita, em um cenário internacional que também favoreceu seu fortalecimento, como vimos com a eleição de Trump”, afirmou.
A deputada também relembrou divergências que teve com o PSOL, principalmente durante a eleição municipal de 2020, quando foi candidata à Prefeitura do Recife.
“Foi um período difícil. Eu estava recém-parida e houve uma demora na decisão sobre quem seria o candidato, se eu ou Túlio. Achamos que o partido deveria ter sido mais firme. Também tivemos discordâncias sobre a descentralização dos investimentos partidários para o interior do Estado”, relatou.
Apesar de ainda integrar o PSOL, Dani sinalizou que avalia novos passos políticos. Ao afirmar que este é o momento de “dar um passo maior” para fortalecer a reeleição de Lula, deixou aberta a possibilidade de seguir o mesmo caminho de seu coletivo e migrar para o PT.
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