
A Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão jurídico da ONU, começa, nesta segunda-feira (28), a decidir se é ilegal o bloqueio realizado por Israel na Faixa de Gaza impedindo a entrada de ajuda humanitária naquela região.
Serão realizadas audiências públicas durante toda a semana no Palácio da Paz, em Haia, na Holanda.
Sob a alegação de que o bloqueio serve para pressionar o Hamas a libertar reféns, o governo de Benjamin Netanyahu evita por quase dois meses que milhões de palestinos recebam medicamentos, alimentos e combustível.
De acordo com a ONU, mais de 40 países devem participar das audiências, inclusive o Brasil que enviou declarações àquele órgão jurídico.
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No Congresso, a deputado Jandira Feghali (PCdoB-RJ), protesta contra o bloqueio total de Israel de mais de 50 dias. O estoque de comida do Programa Mundial de Alimentos da ONU chegou ao fim na Faixa de Gaza. As forças sionistas de Netanyahu sempre dobram a aposta na crueldade contra os palestinos e agora querem matar crianças e idosos de fome. O nome disso é genocídio. É preciso acreditar em alguma justiça humana para que o povo palestino se livre das garras israelenses e volte a ter paz. Palestina livre!”, defende Jandira.
Agências da ONU e organizações não governamentais (ONGs) dizem que no local 2,2 milhões de pessoas estão vivendo com apenas uma refeição por dia ou menos devido ao bloqueio total imposto por Israel a alimentos e água.
A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) divulgou um vídeo na rede social em que uma criança raspa panela em Gaza na tentativa de levar comida para a família.
“O Programa Mundial de Alimentos (ONU) afirma que os estoques de comida em Gaza se esgotaram após mais de 50 dias de bloqueio total dos israelenses à entrada de ajuda humanitária”, diz a entidade.
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